Perereca de vidro.

Sou o trem de pouso de um jato

Voando sempre bem escondido

Sou uma pedrinha no sapato

De um corrupto enrrustido.

Sou um espinho na conciencia

E não deixo dormir o pecador

De toda beleza sou a essencia

Que tanto inspira um trovador.

Sou aquela densa neblina

Que vai turvar a tua visão

Sou uma saudade cretina

A debater com um coração.

Sou uma perereca de vidro

Perto do vaso na mesa de centro

Sou a transparencia do cilindro

Onde o cientista colocou o cuentro.

Sou a poeira que se levanta

Ao passar um roda moinho

Sou um rouxinol que canta

Almejando o teu carinho.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 02/06/2012
Código do texto: T3701990
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