O JARDINEIRO E A ROSA

E no jardim ela estava

Feliz ao ver-se contemplar

A espera por ser colhida

Se sentindo protegida

Pronta pra se ofertar

Forte, ao ser podada não chora

Ao contrário do que se possa imaginar

Em cada corte

Sente-se revigorada

Logo põe-se a brotar

Frondosa com vestes cor de sangue

Engana-se quem pensa frágil será

Os espinhos são sua armadura

Nem por isso deixa de ser pura

Na flor mais bela a enfeitar

Ele, com seu jeito simples

Apaixonado por sua companhia

Nem se importa se ela o ferirá

Ao tocá-la com sua mão pesada

Suaves pétalas tenta não magoar

Nessa vida, algumas coisas não tem mesmo explicação

A Rosa, moça formosa, delicada

O Jardineiro, moço rude e desengonçado

Atraídos um pelo outro

Se tão diferentes são.

Malu Harrison
Enviado por Malu Harrison em 20/06/2012
Reeditado em 20/06/2012
Código do texto: T3735205
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