Amanheço rimando.

Saudade é um sino de bronze

Com um badalar tão triste

Seja as dez horas ou as onze

Faz lembrar o que já não existe.

Situado numa torre bem alta

Faz se ouvir bem distante

Colocando o passado em pauta

E isso só não é o bastante.

Parece até pronunciar

Palavras ditas um dia

Ressoando em cada badalar

A frase de mais uma poesia.

De longe se avista esse sino

Assim como se ouve tambem

Abrindo o bau do meu destino

Que me leva daqui pra muito alem.

Isso me faz perder o sono

E passar a noite pensando

Eu não mereço teu abandono

Por isso amanheço rimando.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 10/09/2012
Código do texto: T3875580
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