Quem sabe
Um dia desses quem sabe
Quisera tê-la nos braços
Antes que o dia se acabe
Sentir-te por inteira
Em laços te fazer sorrir
Te seduzir e suprir
O que te impacienta talvez
Até atreverei em dizer
Que teu corpo é mais belo assim despido
E ao meu comprimido num beijo num grande afago
Que te importuno, te azucrino, te admiro.
Deixa-me ser teu menino velho
Talvez um pai, um irmão.
Um amigo um sabe lá o que
Mas deixa-me ser moleque pra te dizer
Que cada dia mais tu te tornas
Uma mina, uma mulher.
Uma potra indomada,
Uma cuia cheia dágua
Uma corrente de água pura
Deixa eu te dizer em três palavras apenas
Que você uma pequena
Menina nova
Mal sabe beijar
Mas que desperta em muito homem
O gosto de gostar
A menina de jeito moleque
q diz coisas lindas coisas leves
Mas sabe bem o significado
De amor de paixão do pecado
Talvez até fique mais no cio que bicho do mato
Seria até muito ingrato
Se nunca te dissesse coisas belas
Ali numa janela no raiar do dia queria vê-la
Assim de manhã pode até ter chuva
Seria melhor a camiseta molhada
Esculpindo sua silhueta toda
E os bicos dos seios arrepiados
Pelas gotas de chuva que teu corpo molhara
Ai como queria abrir a janela
E ter sua risada, teus olhos assim todos fitos.
Sério é quando mais bonita ficas
Mas vem um sorriso doce
De ar gracioso
A encantar esse pobre e humilde servo
A menina que lindo o teu nome enuncia
A chegada da simpatia
Da garota do fantástico
Que com jeito e graça
Uma palavra dita
Tu menina. És bela
Simples e querida
E mais que amiga
Vejo-te, e me alegro.
Quem sabe ainda me entrego
Quem sabe um dia, quem sabe.