A SECA NO MEU SERTÃO

De azul intenso o céu se tinge

Se perdendo na imensidão

Ficando mais longe a esperança

De ver chover no sertão.

É a seca mais cruel

Que já se viu por aqui

O gado morrendo de sede

Coisa triste nunca vi.

Os nossos açudes secaram

Os nossos rios também

A Embasa já fecha suas portas

O povo dizendo amém.

O nosso tanque grande

Da cidade cartão postal

Se vê as pedras já nuas

Suas águas estão no final.

As rezas e orações

Se elevam ao céu em clamor

Pedindo clemência a Jesus

Nosso Deus e salvador.

Autoridades competentes

Não buscam uma solução

Não cumprem o que prometem

Em época de eleição.

Tem casas com reservatórios

Nem vêm a necessidade

Do povo humilhado sofrido

Aqui da nossa cidade.

Por isso digo meu povo

Sertanejo é cabra forte

Luta com garra e coragem

Até que chegue a morte.

Marlene Araújo A POETISA
Enviado por Marlene Araújo A POETISA em 21/03/2013
Reeditado em 29/08/2017
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