Gaúcho desde nascença

Eu não nasci campeiro

Mas amo minha tradição

Não nasci gaúcho bagual

Mas trago o Rio Grande no coração

Como um ginete em seu tordilho

Tropeio pela querência das canções

Taura desde nascença, amante dessa querência

Te amo, doce rincão

Suas músicas e sua cultura

Em minhas veias frouxou o garrão

Mais rápido que um minuano

Desde os noves anos

Trago como mala de garupa no coração

Maragato e ximango

Que a vida me dê de mango

Se eu um dia deixar de ser gaúcho na alma

Do amargo chimarrão, da gaita e do fogo de chão

Tudo isso me dá saudade, tudo isso me tira a calma

Deixei a sanga e fui pra cidade

Onde morro de saudade

Onde nunca mais ouvi o cincero

Perdi um pouco da vida

Estou sendo muito verdadeiro

Bagual sem estrebaria

Não aceito esse selim

A vida me pôs um freio,

Ainda não é o fim

Pátria gaúcha te rendo essa homenagem

Em memória dos amigos nascido nessa querência

Dentro do peito escancarado

Um grito ao meu Rio Grande

Nos meus versos improvisados

Gaúcho desde nascença

FidelisF
Enviado por FidelisF em 25/03/2013
Código do texto: T4207772
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