ENTRE VERSO E PROSA



Que os anjinhos da guarda
De todos nós sem exceção,
Não batam em revoadas
Deixando-nos na solidão.

Tantos de nós vão embora
Deixando muitas saudades;
Por isso, de hora em hora,
Plantemos fraternidade!

Que os anjos dos que se vão
Estejam a guiar-lhe os passos,
Ou flutuem na imensidão
No mesmo ritmo e compasso.

Que plantem milhões de rosas
Em todo e qualquer caminho
Que nós, entre verso e prosa,
Mandamos nosso carinho.

E quando eu também me for
Deixo a minha gratidão
Num doce canto de amor
E um beijo no coração.