Assim sou eu (II)

Peço aos céus toda força

para perdoar de coração

embora o corpo todo torça

fecho os olhos em oração

Fácil falar eu te perdôo

os olhos não mentem jamais

fiéis em um simples vôo

revelam a alma e muito mais

Para muitos bondade extrema

Se resume em aguda bobeira

mas vale a verdade suprema

e a paz de qualquer maneira

Sou a brisa cálida da manhã

O calor que faz o corpo suar

A alegria sutil doce amanhã

E a teimosia cruel de um muar

Sou ying sou yang a contradição

do ser que me acompanha na rotina

faço das travessuras uma tradição

ser o oposto talvez seja minha sina

Na aparência séria da formalidade

Na alma pura sem qualquer maldade

Esqueço as dores as mágoas a idade

e vivo os momentos de felicidade