ó... prisioneiros de conceitos sombrios

Ó tu, que quebra um gesto com brusca apatia,

ó vós que ides, tão somente à margem de teu sonho,

ó... prisioneiros de conceitos sombrios,

sobre suas cabeças pairam

os sopros da morte,

posso vê-los, aproximam- se

com com sorrisos enganosos,

com solenes passos.

Espíritos adornados com crenças sólidas nos vazio-eu-seus,

gélidos hábitos

hálitos de sorrisos aniquilados.

Indomáveis dilaceram

o que resta de sensato

desse ensejo que soçoba

ao deparar-se com

sua imagem refletida

num devaneio.

Ouçam a lira do atemporal,

do rio curvo a atarvessar

o tempo fundir presente e pretérito,

e... daí, façamos da música

doce dos ventos

do sul um norte possível nessa

primeira hora crepuscular