Trovinhas por aí...
Na redondilha maior,
trova canta, é passarinho,
faz-me sentir bem melhor,
nela não encontro espinho.
. . .
Peço bençãos agradeço,
me ajoelho aos pés de Deus,
sei, recebo o que mereço,
pago os pecados meus.
. . .
Minha rua de menina,
nunca me sai da memória,
desde muito pequenina,
escreveu a minha história.
. . .
Coração amargurado,
sofre, chora por amor,
precisa ser consolado
para livrar-se da dor.
. . .
Sem adeus o amor partiu,
ninguém soube, ninguém viu,
me deixou olhando o vento:
gritos, choros e lamentos.
. . .
O teu amor é bandeira
que desfraldo pelo ar,
por isso me exibo faceira:
só tenho do que me orgulhar.
. . .
Me delicio em teu cio,
entre gritos e arrepios,
estremeço, não de frio,
mas de puro desvario.
. . .
Não alimento vingança,
não entra na minha vida,
vivo os sonhos de criança,
a que o amor me convida.
. . .
As trovas alegram meu dia,
têm encanto especial,
faço-as com muita alegria,
belas trovas, sem igual.
. . .
Trovador que canta o amor,
em versos bem ritmados,
me responde, por favor:
queres ser meu namorado?
