O Inverte de Abadom

E tal arvore perdoasse, trocaria o deslize pelo beijo

e as folhas que vigiaram em corridas de magrelas

hoje vigiam o sorriso que não cabe em átomos quem tem alejo

e se tal proteção falhar, de rota trocar aquarelas

Um dia o ouvido dar suporte a outros óculos

se as camisas mais charmosas, e copo de tinta for mais leve

no penhasco de Mendonça da tragédia que de trevas, platonismo de binóculo

o conformismo de schop, um outro metacarpo lhe serve

Que um dia as ultimas lágrimas como razão

a zelotipia correrá em veias

o inverte do abadom

ninguém pra escutar sobre ceias

Por fim viagem é o y

desvincular-se da matéria, da estante

do andarilho que veio errante

que decadência pensou o amante

A uto e a pia lhe guarda outras canecas

canecas de um eixo homocinético simbiótico

o descomedimento do olhar a pares de sapatos

o coração se cala, a síndrome do cardíaco comprovado.

Douglas De Carvalho
Enviado por Douglas De Carvalho em 09/10/2015
Reeditado em 09/10/2015
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