Trovinhas por aí...
Trovador e sua lira,
canta na noite estrelada,
o amor a ele inspira,
assim passa as madrugadas.
Tempo que vai e que vem,
mal consigo acompanhar,
esperando por meu bem,
fico aqui a meditar.
Se tenho um livro na mão,
estou de bem com a vida,
me entrego à ilusão.
mas não me sinto perdida.
Solidão só traz tristeza,
desanima, faz chorar,
empana da vida a beleza.
Mando-a embora. Vá pastar!
Acho estás é com ciúmes
desse menino brilhante,
que espalha no ar seu perfume:
é meu cavaleiro andante.
Teus olhos da cor do mar
me encantam, me fascinam,
quero neles me banhar,
são a luz que me iluminam.
Toca o sino na igreja,
convidando à oração.
Digo Amém, Deus nos proteja,
a mim e ao meu irmão.
Teus lábios vermelhos, carnudos,
me botam louco - paixão!
Macios como veludo,
me fazem perder a razão.
Pedalando estrada afora,
tu escapas, vais-te embora,
voas sem asas - magia,
te perdes na poesia.
Olha só, toma cuidado
com esse decote ousado,
deixando a vergonha de lado.
Será que não é pecado?
Com esse decote ousado
tantos olhares vais atrair
mas eu, (m)olhando de lado
pergunto se vais me excluir...
tantos olhares vais atrair
mas eu, (m)olhando de lado
pergunto se vais me excluir...
Cada trova é um quadro,
Cuja tinta são os versos...
E como seu fã, confesso,
Igual a você, não faço...
Cuja tinta são os versos...
E como seu fã, confesso,
Igual a você, não faço...