Vista aérea da Aldeia de Caravelas - Largo do Terreiro

Algumas quadras extraídas do Meu Livro "Curriças de Caravelas - Trovas Comentadas":

Lá longe da minha janela,
Eu vejo as tuas Curriças!
Sempre serás a mais bela,
Aldeia que me enfeitiças!
Cantinho do meu Portugal,
Que eu guardo em pensamento...
Viver longe é o meu mal,
Viver perto me dá alento!...
Imagens que me trazem saudades,
Da Aldeia onde um dia eu nasci!...
São gentes que não sei a idade,
Pelo muito tempo fora que já vivi!...
As gentes da minha aldeia,
São cheias de tradições...
No peito de uma Alma cheia,
  --- Onde cabem tantos corações! 
As trovas do meu coração,
Eu as faço aqui bem singelas...
Escrevi muitas pela minha mão,
Para o POVO de Caravelas!
A Minha saudosa Irmã "Maria Bica",
Foi quem me levou para Escola. 
 Apesar de tão pertinho que fica, 
Eu nem queria levar uma sacola. 
Da Casa da Nossa Avó,
Ela me arrastou pelo chão.
A Professora era uma só,
E se chamava Ressureição! 
Quase quatro anos passados,
Depois daquele dia em diante...
Fugi das Curriças e dos Bardos ,
E dos cordeiros eu fiquei distante!
 
(in: CURRIÇAS DE CARAVELAS – TROVAS COMENTADAS)
Autor: Silvino Potêncio - Emigrante Transmontano em Natal/Brasil 
- Nota de Rodapé: As Curriças é um local no termo da Aldeia que fica no caminho de Mirandela e lá tinha uma construção secular quiçás do tempo  da ocupação Romana ou Arabe que me serviu de inspiração para vários poemas meus relacionados com o pastoreio em Trás Os Montes. Por causa da lonjura ás vezes, no Verão, dormiamos por lá junto com as ovelhas e cabras! Na nossa horta das curriças tinha uvas, peras, figos e uma fontela para beber água... 

Uma Ode às "Curriças de Caravelas"! 
 
Ainda hoje por pirraça,
Eu entrei aqui nesta praça,
P'ra saber o que se passa!?
 Logo que eu entrei e aqui vi,
Tudo isto que aqui li,
Era muito do que já esqueci! 

Mas eis que o amigo "
Delmar",
Pelo visto veio me contar,
Neste seu profundo prosar,

 As coisas do meu Rincão.
Umas boas outras não,
Que falam bem da Nação!

   E também dos traiçoeiros,
Caminhos e caminheiros,
Que se foram p'rós estrangeiros!

 De lá da "santa terrinha",
Me trazes novas fresquinhas,
Umas tuas, outras minhas!...

Por isso eu aqui te solicito,
Que repitas o que foi escrito,
E tantas vezes já dito!... 

Em terras de Caravelas,
Do Concelho de Mirandela,
Tu conheces o que há nelas?! 

Pois então quantos serão,
Os passos que dali vão,
Do Quadraçal ao Pinhão?!

Subindo pela ladeira,
Do caminho que leva à eira,
E passa pela Carreira,

Do Moinho até aos Tojais,
E até aos Colmeais,
Que eu não esqueço jamais!

    Dize-me se já lá passaste!?
Por onde foi que tu andaste,
E lá na terra... aonde ficaste? 

Ali no Terreiro do Paço,
O de Caravelas tem pouco espaço,

Mas sempre aberto a um Abraço!
 Emigrante lembra-te!.
A diáspora é feita de mudanças!
E não importa as tuas andanças!
- PORTUGAL É ETERNO!...E NUNCA SE DIGA Adeus para sempre.

Silvino Potêncio - Emigrante Transmontano em Natal/Brasil


Prólogo do  Livro já publicado pelo www.clubedeautores.com.br  
Número ISBN: 978-65-901249-2-0

 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 04/02/2018
Reeditado em 24/08/2019
Código do texto: T6245234
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