A Donzela se confessa ao Padre do Condado

Santo Padre, hei amado,
sãos instantes de ternura:
por que desejo é o pecado...
minha dor... minha loucura?

De nuvens o sol se cobre,
não muda as fases a lua,
divido o amor entre um nobre
e um plebeu que me ama nua!

Assim gira o carrossel,
todo o tempo, aventureiro:
choro por um menestrel...
durmo com um cavaleiro...

Rezo doze Ave-marias,
jamais finda essa novena:
entorpece as alegrias
o veneno da falena!