Quatro longas quadras da ausência continua

As vezes tenho muita vontade de ir embora
embora eu, o linda senhora das andorinhas
lembrando o bom tempo que tu me vinhas
mudo de vez a minha ideia de mundo afora

O destino só vive à sede de quem caminha
e não me acarinha, pois a ida nunca aflora
pois penso: estrada, e o tanto que apavora
a hora assim evapora, sob solidão daninha

Pelo desejo que tu voltes no passo da hora
que arvora toda história que nos mantinha
A tal que muito bem contada, linha a linha,
nem paz, nem rinha, foi, o quê ainda vigora

Qual o céu que tu voas, o bela passarinha?
De tu, nadinha se vê na casa que só chora
Pelo amor que inda me reside, e tudo cora
cante de onde a natureza muito te aninha


13-12-2018
10h49min
Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 13/12/2018
Reeditado em 03/03/2020
Código do texto: T6526443
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