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"Sou um homem que tem saudade de Deus..." 
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As obras de Cândido Portinari | Quadros Decorativos
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Candido Portinari (1903/1962) 
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Foi um artista plástico brasileiro natural de Brodowski, São Paulo, um dos principais nomes do Modernismo cujas obras alcançaram renome internacional, como o painel Guerra e Paz, na sede da ONU em Nova Iorque, e a série Emigrantes, do acervo do Museu de Arte de São Paulo (MASP). O Projeto Portinari possui em seu acervo documental, os principais documentos de identidade pessoais do pintor. Em nenhum deles figura o sobrenome “Torquato”. Certidão de Nascimento, Atestado de Óbito, Certidão de Casamento, Registro de Identidade, todos os passaportes etc., registram o seu nome completo como apenas “Candido Portinari”. Portinari pintou mais de cinco mil obras, de pequenos esboços e pinturas de proporções padrão, como O Lavrador de Café, até gigantescos murais, como os painéis Guerra e Paz, presenteados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956, e que, em dezembro de 2010, graças aos esforços de seu filho, retornaram para exibição no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Portinari é considerado um dos mais importantes pintores brasileiros de todos os tempos, sendo o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional. Filho dos imigrantes italianos Giovan Battista Portinari e Domenica Torquato, originários de Chiampo (Vêneto), Candido Portinari nasceu no dia 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de café nas proximidades de Brodowski, interior de São Paulo. Com a vocação artística logo na infância, Portinari teve pouco estudo não completando sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e escultores italianos que atuavam na restauração de igrejas, passa pela região de Brodowski e recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento do pintor brasileiro. Aos 16 anos, já decidido a aprimorar seus dons, Portinari deixa São Paulo e parte para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Durante seus estudos na ENBA, Portinari começa a se destacar e chamar a atenção tanto de professores quanto da própria imprensa. Tanto que aos 20 anos já participa de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais. Mesmo com toda essa badalação, começa a despertar no artista o interesse por um movimento artístico até então considerado marginal: o modernismo. Um dos principais prêmios almejados por Portinari era a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e 1927, o pintor conseguiu destaque, mas não venceu. Anos depois, Portinari chegou a afirmar que suas telas com elementos modernistas escandalizaram os juízes do concurso. Em 1928 Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais e finalmente ganha a medalha de ouro e uma viagem para a Europa. Os dois anos que passou vivendo em Paris foram decisivos no estilo que consagraria Portinari. Lá ele teve contato com outros artistas como Van Dongen e Othon Friesz, além de conhecer Maria Martinelli (1912-2006), uma uruguaia de 19 anos com quem o artista passaria o resto de sua vida. A distância de Portinari de suas raízes acabou aproximando o artista do Brasil, e despertou nele um interesse social muito mais profundo. Em 1931, Portinari volta ao Brasil renovado. Muda completamente a estética de sua obra, valorizando mais cores e a ideia das pinturas. Ele quebra o compromisso volumétrico e abandona a tridimensionalidade de suas obras. Aos poucos o artista deixa de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos. Ganhando nova notoriedade entre a imprensa, Portinari expõe três telas no Pavilhão Brasil da Feira Mundial em Nova Iorque de 1939. Os quadros chamam a atenção de Alfred Barr, diretor geral do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA). A década de 1940 começa muito bem para Portinari. Alfred Barr compra a tela "Morro do Rio" e imediatamente a expõe no MoMA, ao lado de artistas consagrados mundialmente. O interesse geral pelo trabalho do artista brasileiro faz Barr preparar uma exposição individual para Portinari em plena Nova Iorque. Nessa época, Portinari faz dois murais para a Biblioteca do Congresso em Washington. Ao visitar o MoMA, Portinari se impressiona com uma obra que mudaria seu estilo novamente: "Guernica" de Pablo Picasso. Portinari foi ativo no movimento político-partidário, inclusive, candidatando-se a deputado federal em 1945 pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a senador, em 1947, pleito em que aparecia em todas as sondagens como vencedor, mas perdendo com uma pequena margem de votos, fato que levantou suspeitas de fraude para derrotá-lo devido o cerco aos membros do PCB. Em 1952, uma anistia geral faz com que Portinari voltasse ao Brasil. No mesmo ano, a 1° Bienal de São Paulo expõe obras de Portinari com destaque em uma sala particular. Mas a década de 50 seria marcada por diversos problemas de saúde. Em 1954, Portinari apresentou uma grave intoxicação pelo chumbo (conhecida clinicamente como saturnismo) presente nas tintas que usava. Desobedecendo as ordens médicas, Portinari continuava pintando e viajando com frequência para exposições nos Estados Unidos, Europa e Israel. No começo de 1962, a prefeitura de Barcelona convida Portinari para uma grande exposição com 200 telas. No dia 6 de fevereiro do mesmo ano, Candido Portinari morre de intoxicação pelas tintas que utilizava nas telas. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro. Nenhum pintor pintou mais um País do que Portinari pintou o seu...” (Israel Pedrosa). Seus temas sociais, históricos, religiosos, o trabalho no campo e na cidade, os tipos populares, a festa popular, a infância, o folclore, os retratos dos grandes brasileiros de sua geração, a fauna, a flora e a paisagem, demonstram com eloquência a reflexão de Israel Pedrosa. Inúmeras foram as suas influências. Suas pinturas se aproximam do renascimento italiano, do cubismo, surrealismo e dos pintores muralistas mexicanos. Foi um dos mais importantes representantes do Neo-Realismo, tendo influenciado inúmeros artistas deste movimento. Para compreender mais a fundo a importância de Portinari para a arte mundial, recomenda-se a leitura do texto magistral de Pedrosa, intitulado “Portinari, o Pintor do Novo Mundo”. Entre suas obras mais prestigiadas e famosas, destacam-se os painéis Guerra e Paz (1953-1956), que foram presenteados em 1956 à sede da ONU de Nova Iorque. Na época, as autoridades dos Estados Unidos não permitiram a ida de Portinari para a inauguração dos murais, devido às ligações do artista com o Partido Comunista Brasileiro. Antes de seguirem aos EUA, o empresário e mecenas ítalo-brasileiro Ciccillo Matarazzo tentou trazer os painéis para São Paulo, terra natal de Portinari, para apresentá-las ao público. Porém, isto não foi possível. Porém, em fevereiro de 1956, os painéis foram exibidos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a presença do pintor.e em novembro de 2010, depois de 53 anos, os painéis voltaram ao Brasil, onde foram exibidos, em dezembro do mesmo ano, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro (Para saber mais, ver Guerra e Paz) e, em 2012, no Memorial da América Latina, em São Paulo. As telas Meninos e piões e Favela são parte do acervo permanente da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. Seu maior acervo sacro, entre pinturas e afrescos, está exposto na Igreja Bom Jesus da Cana Verde, centro da cidade de Batatais, interior de São Paulo, situada a 16 quilômetros de sua cidade natal, Brodowski. São 23 obras, incluindo 2 retratos. Uma das obras mais importantes de Portinari, O lavrador de café, foi furtada do segundo andar do Museu de Arte de São Paulo na madrugada do dia 20 de dezembro de 2007, em uma ação de três minutos, juntamente com o quadro Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso. Estas obras foram resgatadas e restituídas ao museu dia 8 de janeiro de 2008, sem sofrer avarias. 
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A TROVA DO DIA - CCCXCIV

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  "CONTRADANÇA" 

Casais dançando Fotografias de Banco de Imagens, Imagens Livres de ... 
Não sei se sigo essa dança,
Com medo do contrapasso,
  Mas se o meu verso avança,  
Eu mereço o seu compasso.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso. 
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
 
12/05/20 06:57 - Joselita Alves Lins
E nessa dança da vida,
Nos dois pra lá, dois pra cá,  

com regra, não transgrida!
Deixe a sintonia ritmar. 
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12/05/20 07:16 - Luiza De Marillac Michel
Na pista da dança
Confiantes passos
O meu verso te alcança
Vamos usar esse espaço.... 
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12/05/20 13:26 - Antônio Souza
Foi dançando que conquistei
Inês linda e doce dançarina
Só pisei no pé dela uma vez
Por culpa d'luz d lamparina.  
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13/05/20 19:02 - Uma Mulher Um Poema
Danço qualquer tipo de música
Música que balança meu corpo
Corpo completamente solto
Solto no ritmo frenético. 
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14/05/20 15:12 - Gisely Poetry
Não se amedronte
Com encantos devera
Siga defronte
Com rima sincera.
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 11/05/2020
Reeditado em 14/05/2020
Código do texto: T6944648
Classificação de conteúdo: seguro