Te amo sim.
Quisera te convencer, tu sabes, mas dói,
arranca temores e deixas a mim sangrar
quisera não te amar, te querer, te viver a esperar.
Socorres tantos, a mim, não podes te aproximar,
por que escondes dos olhos meus teu passar, só
tu estás, mas orgulho medroso tens, que podes
deixar-te que seja melhor que o que possuis sem mim?
Quisera romper teus desejos, aventurar-me, sei não;
mas te afastas, miserável, pobre de mim ou de ti?
Cético, talvez covarde que foges no manto da noite e
não retornas, pois morto estás, e do amor nada tens
a não ser o medo que te prende em teias miúdas infindas,
mas te voltas, procuras-me, a falta te acomete, sei bem
porque luz dos teu olhos são os olhos meus que te querem bem...