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"Fim - o que resta é sempre o princípio feliz de alguma coisa."
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Gabinete Português de Leitura, Bahia: Agustina Bessa-Luís
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Agustina Bessa-Luís  (1922/2019) 
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Agustina Bessa-Luís, nome literário de Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa Amarante, foi uma escritora portuguesa natural de Vila Meã. Segunda e ultimogénita filha do empresário Artur Teixeira Bessa (1882-1924), duma família rural de Entre Douro e Minho, e de sua mulher Laura Jurado Ferreira (1899-?). Regressado a Portugal, o pai de Agustina, que já no Brasil se dedicara à exploração de casas de espetáculo e de jogo, tornou-se gerente do Casino da Póvoa. As contingências da sua vida levaram a família a viver em vários lugares do Norte e do Douro — Gaia, Porto, Póvoa de Varzim, Águas Santas, Bagunte, Vila do Conde e Godim, naquela que era a casa de família da sua mãe. A relação com a região duriense, durante largas temporadas da sua infância e adolescência, marcaria de forma indelével a obra da escritora. Desde muito jovem que Agustina se interessou por livros, descobrindo na biblioteca do avô materno, os clássicos da literatura espanhola, francesa e inglesa, marcantes na sua formação literária. Em 1932 vai para o Porto estudar, onde passa parte da adolescência, mudando-se para Coimbra em 1945. A partir de 1950 fixa definitivamente a sua residência no Porto. Casou a 25 de julho de 1945, na cidade do Porto, com o estudante de Direito Alberto Luís, que conheceu através de um anúncio no jornal "O Primeiro de Janeiro", publicado pela escritora, no qual procurava uma pessoa culta com quem se corresponder. Do seu casamento teve uma única filha, Mónica Bessa-Luís Baldaque, museóloga, pintora e autora de vários livros. Do casamento de sua filha, nasceram um filho chamado Alberto e duas filhas chamadas Leonor e Lourença Agustina. Estreou-se como uma brilhante romancista em 1949, ao publicar a novela Mundo Fechado, mas seria o romance A Sibila, publicado em 1954 que constituiu um enorme sucesso e lhe trouxe imediato reconhecimento geral. E é com A Sibila que atinge a total maturidade do seu processo criativo. É conhecido o seu interesse pela vida e obra de um dos grandes expoentes da escola romântica, Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, 1.° Visconde de Correia Botelho, cuja herança se faz sentir quer a nível temático (inúmeras obras de Agustina se relacionam com a sociedade de Entre Douro e Minho), quer a nível da técnica narrativa (explorou ficcionalmente a própria vida de Camilo). Essa filiação associa Agustina à corrente neo-romântica, como defende Eduardo Lourenço. Vários dos seus romances foram adaptados ao cinema pelo realizador Manoel de Oliveira, com quem manteve uma relação de amizade e de colaboração próxima. Exemplos desta parceria são Fanny Owen (Francisca, 1981), Vale Abraão (filme homónimo, 1993), As Terras do Risco (O Convento, 1995) ou A Mãe de um Rio (Inquietude, 1998). Foi também autora de peças de teatro e guiões para televisão, tendo o seu romance As Fúrias sido adaptado para teatro e encenado por Filipe La Féria, (Teatro Nacional D. Maria II, 1995). A sua criação era extremamente fértil e variada. Escreveu até o momento mais de cinquenta obras, entre romances, contos, peça de teatro|peças de teatro, biografias romanceadas, crónicas de viagem, ensaios e livros infantis. Foi traduzida para alemão, castelhano, dinamarquês, francês, grego, italiano e romeno. O seu livro-emblema, A Sibila, já atingiu a vigésima quinta edição, sendo de leitura opcional no Ensino Secundário. Em 2005, participou no programa da RTP Ela por Ela, série de 13 episódios sobre provérbios e aforismos, em conversa com Maria João Seixas, realizado por Fernando Lopes. Em julho de 2006, pouco depois de terminar a sua última obra, A Ronda da Noite, deixou de escrever e retirou-se da vida pública, devido a razões de saúde. Agustina morreu a 3 de junho de 2019, em sua casa, no Porto, vítima de doença prolongada. Além da atividade literária, envolveu-se em diversos projetos. Foi membro do Conselho Diretivo da Comunitá Europea degli Scrittori (Roma) (1961-1962). Colaborou em várias publicações periódicas, tendo sido entre 1986 e 1987 diretora do diário O Primeiro de Janeiro (Porto). Entre 1990 e 1993 assumiu a direção do Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa) e foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. Foi ainda membro da Academie Européenne des Sciences, des Arts et des Lettres (Paris), da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa (Classe de Letras).
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A TROVA DO DIA - DXXIX

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 "CONTRAMÃO"
 Fernanda Petrizi - Maquiagem Rosa olhos olhares mulher | Maquiagem rosa,  Maquiagem, Fernanda
Apesar de você dizer não,
Eu de ti não vou desistir,
O seu olhar na contramão,
 Mostra que devo insistir. 
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
 
25/09/20 11:15 - Antônio Souza
O teu olhar que me seduz
Adoro, também me encoraja
Dele quero sempre fazer jus
Desencontros que não aja.  
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25/09/20 14:15 - Luiza De Marillac Michel
Olhar em almas afins
Suporte em tantas ocasiões
Que jamais tenham fins
Os versos sem senões... 
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24/09/20 19:25 - Joselita Alves Lins
É que nessa "contramão",
Me deixaste sem saída;
Fiquei sem inspiração
Para interação devida. 
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28/11/20 16:02 - Maria Augusta da Silva Caliari
Dá-me o leito deleitoso ao beijo
Ao delicioso transe em que te senti
Pois foste homem mais fogoso em ensejo
Ao meu corpo ardente assim que te possui! 
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 23/09/2020
Reeditado em 29/11/2020
Código do texto: T7070494
Classificação de conteúdo: seguro