O SANGUE DA TERRA, A VIDA DO HOMEM

Lá fora o céu chora sobre a terra,

Escutamos nós, a lamuria do riacho.

Cá de cima vemos longe no pensar,

Pobres almas perambulam lá embaixo.

Chove a chuva que não chove no Sertão,

Veias secas, corredeiras sobre a terra,

Vindo a água como sangue sob o corpo,

Vem à vida que renasce do pós-guerra.

Rio, 23 de outubro de 2007.

Feitosa dos Santos