A MORTE

Gostaria de saber porque,

Que a morte é tão temida,

Ela é uma coisa tão natural,

Que faz parte de nossa vida.

Para que ter medo da morte,

Precisamos é ter coragem,

Ela é quem nos leva daqui,

Estamos por aqui de passagem.

Não tenho medo da morte,

Pois pela morte foi que nasci,

Tenho medo é dos sofrimentos,

Dos que vejo tantos por aqui.

Também não adianta ter medo,

Aqui cada um tem a sua etapa,

Quem não morrer de novo,

De velho não escapa.

Todos nós sabemos,

Que a morte é coisa certa,

Precisamos estar previnidos,

Pra hora que é incerta.

Quantas vezes ela chega de surpresa,

Mesmo sem a gente esperar,

Quando ela chega não tem choro,

Se não acertou a conta, vai ficar sem acertar.

Ela leva velho, adulto ou criança,

Rico arremediado ou pobre,

Feio, bonito ou mais ou menos,

Preto, branco, indigente ou nobre.

A morte é um barco à tona,

Que todos vão embarcar,

Feliz daquele que tiver preparado,

Quando a nega chegar.

Depois da morte todos vão prestar as contas,

Do longo da vida e os feitos seus,

Onde uns vão ficar à direita,

E outros à esquerda de Deus.

Arcipio Calegario
Enviado por Arcipio Calegario em 07/11/2007
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