A MORTE DA POESIA

Eu vi do alto de um monte

Um grande abismo de gente

Caminhando tão somente

Cegos em cima da ponte.

 

Caminhavam sem olhar

Nas mãos uma máquina cruel

Não viam o clarão do céu

Nem a ponte terminar.

 

Como boi indo ao abate

Um ao outro foi caindo

Abaixo o Diabo sorrindo

Só o meu coração parte?

 

E eis que vi um clarão

Era Lúcifer chegando

Cheiro de enxofre exalando

Com um celular na mão.

 

Eu vi todos em agonia

Uma juventude tonta

Nas “redes” frases já prontas

Era o fim da poesia.

JOEL MARINHO

 

 

Interação com o nobre poeta, Jogon Santos.

Lúcifer tem complicado

A vida de muita gente

Seu celular tem espalhado

Maldades rapidamente.