Trovadores Capixabas - Relação dos principais Trovadores Capixabas e suas Trovas maravilhosas.

Trovadores Capixabas - Relação dos principais Trovadores Capixabas e suas Trovas maravilhosas.

Texto do Livro: O Trovismo Capixaba, de Clério José Borges.

A Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores de sigla, ACLAPTCTC, podendo ser denominada, com o nome de fantasia de Instituto Projeto Social ACLAPTCTC, Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores é historicamente uma Associação Cultural, sem fins econômicos surgida, com o legado, ou seja, herança e espólio cultural do antigo Clube dos Trovadores Capixabas, CTC, fundado a 1º de Julho de 1980, pelo escritor Capixaba Clério José Borges de Sant Anna, com base numa idéia do Poeta Trovador e historiador da Trova no Brasil, Dr. Eno Teodoro Wanke. É uma entidade sem fins lucrativos de divulgação da Trova e da Poesia em Geral e foi fundada em uma Assembleia Geral realizada num sábado, dia 18 de novembro de 2017.

Tendo sido fundado o Clube dos Trovadores Capixabas, CTC, a 01 de julho de 1980, em 1981, para comemorar o 1º Aniversário do CTC, o Presidente Clério José Borges idealizou os Seminários Nacionais da Trova realizado durante três ou quatro dias de 1981 ao ano 2000. Em 2001, os Seminários passaram a denominação de Congressos Brasileiros de Poetas Trovadores, sendo realizado até os dias atuais. Os Seminários do Espírito Santo (sempre organizados por Clério José Borges), provocam no Movimento Trovista Nacional uma efervescência de tal ordem que no Terceiro, foi fundada a 2 de julho de 1983, uma Federação Brasileira de Entidades Trovistas, a FEBET presidida por Eno Teodoro Wanke. No Quarto Seminário, Eno Teodoro Wanke propôs que esta nova fase do Movimento, iniciado com a fundação do CTC em 1° de julho de 1980, passasse a ser denominado de "Neotrovismo". Ou seja, era o mesmo Trovismo renovado por uma nova geração de Trovadores.

Em 18 de novembro de 2017, em Assembleia Geral Ordinária, o CTC foi extinto e passou ao “status” de Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, com 50 Acadêmicos Titulares Imortais e ilimitado número de Correspondentes, Beneméritos de Honra. Posteriormente foram admitidos Acadêmicos Infanto Juvenis, reunindo jovens de 08 aos 17 anos de idade.

==============================================

A. ISAÍAS RAMIRES

Alberto Isaías Ramires é capixaba de Vila Velha, onde nasceu em 8 de setembro de 1924. Um dos mais representativos trovadores do Espírito Santo. Há vários anos residente no Rio de Janeiro. Militar (Capitão Rh do Exército). Autor de diversas obras e membro de várias instituições culturais do país. Ganhador de vários concursos literários.

Quando eu morrer, por favor

coloquem na minha cova

um epitáfio de amor

escrito em forma de trova!

Da vida, pelos caminhos,

uma coisa aprendi bem:

a roseira dá espinhos,

mas nos dá rosas, também...

Por nascer pobre, o Divino

num gesto compensador,

despertou, em meu destino,

a lira de trovador...

Não entendes meu desgosto,

mas aprende esta lição:

nem sempre pomos no rosto

as mágoas do coração.

Via-a rezando, contrita,

com os olhos fitos no céu.

Quanto pecado escondido

debaixo de um fino véu!...

Falar mal da vida alheia

é coisa que não convém;

quem tem telhado de vidro

não fustiga o de ninguém...

Lá se foi a meninice,

meu barquinho do papel,

minha ingênua peraltice,

meu doce Papai Noel...

2.2. ÁBNER DE FREITAS COUTINHO

Ábner de Freitas Coutinho, que também usa o pseudônimo de Percy Guido, é advogado e economista. Natural do Santo Antônio, Estado do Mato Grosso, onde nasceu no dia 15 de dezembro de 1926. Reside há mais de duas décadas no Espírito Santo. É professor e integra diversas instituições culturais.

Caravelas portuguesas,

mensageiras da História

foram, levando incertezas,

voltaram cheias de glórias...

Se poupança a gente encara,

logo descobre a verdade:

nossa metade mais cara

é nossa cara metade..

Meu pai, figura esquecida,

eterno semblante mudo,

o que fiz em minha vida

só a ti eu devo tudo...

Se pensar no seu irmão,

um instante, por favor,

sentirá no coração,

renascer fraterno amor!

2.3. ALYDIO C. DA SILVA

Alydio de Carvalho e Silva pertence a diversas entidades culturais do país. É natural de Santa Cruz, Espírito Santo, onde nasceu em 11 de abril de 1917. Industriário aposentado, reside há quase 30 anos, fora de seu estado natal. Além de poeta é romancista. Autor de centenas de trovas e outros poemas. Tem vários livros inéditos e participou de diversas antologias.

Vi num jornal estampado

o perigo que há no beijo.

Antes ser contaminado

do que morrer de desejo.

Quando passei pela estrada

e ouvi teu canto distante,

senti que a mágoa passada

reviveu naquele instante.

Carnaval, fraternidade

transitória e resumida,

onde se esconde a verdade

dos sofrimentos da vida.

Se passas muito apressada,

fugindo à minha atenção,

eu sinto a tua pisada

esmagar meu coração.

É doce morrer no mar...

Cayme receita a dose.

Só Cristo pra transformar

tanta salmoura em glicose.

2.4. AMAURY DE AZEVEDO

Também usando o pseudônimo de Yruama, Amaury de Azevedo, capixaba de Alegre, onde veio à luz em 1º de agosto de 1935, é comerciante e reside em Campos, no Rio de Janeiro. Mesmo afastado de sua terra natal, há mais de 27 anos, Amaury continua mantendo intercâmbio com poetas do Espírito Santo.

O capixaba não nega

O que lhe pedem com jeito.

Também não foge do pega,

Estufando logo o peito.

Quando toda a Cristandade

Vê passar mais um Natal,

Surgem novas esperanças

De uma paz universal.

2.5. ANDRADE SUCUPIRA

José de Andrade Sucupira é sergipano de Pacatuba. Há mais de 35 anos reside no Espírito Santo, onde militou na imprensa e foi funcionário público. Hoje está aposentado e reside em Vila Velha. Desde os anos 30 faz trovas, divulgando-as pelas páginas dos vários jornais em que trabalhou. É um dos Príncipes da Trova Capixaba, escolhidos pelo CTC. Nasceu em 22 de junho de 1909.

Meu espelho mostra a cara

sem vergonha, encarquilhada,

no corpo setenta anos,

muita canseira, mais nada.

Pela tapera da vida

O homem nasce lutando.

Luta, luta, lida, lida

e morre... sempre esperando.

No Brasil, coisa mais feia,

e coisa que mais consome...

Poucos de barriga cheia

e a maioria com fome.

Esses seus olhos traquinos

e vivos, vivos de mais,

têm nossos céus nordestinos

no verde dos coqueirais.

Sempre amar. Eis a verdade

do berço de qualquer vida.

Se o amor não tem idade...

Venha aos meus braços, querida!

Saudade... doce ternura,

espinho que se bendiz,

flor que fere com doçura

e deixa a gente feliz.

2.6. ANSELMO GONÇALVES

Pertencendo a diversas entidades culturais e por sua prática em favor da trova, Anselmo Gonçalves, capixaba de Vitória, onde nasceu em 21 de abril de 1929, é um dos mais atuantes trovadores do Espírito Santo. É funcionário público estadual e colabora na imprensa de sua terra natal.

Meu coração bate, insiste,

vai sacudindo, batendo.

A tudo ele bem resiste,

mas continua doendo.

Vela branca passa ao largo

Lá fora, longe, no mar.

Sua vida, sem embargo,

morre distante do lar.

Uma vida! Nosso amor

degringolou de repente.

Caiu da planta uma flor

resta a lembrança somente!

Toda tua indiferença

não consegue me vencer.

Sou todo amor e sou crença,

sou vida, e sou bem-querer!

2.7. ANTONIO TAVARES SUCUPIRA

Nascido em Vitória, no dia 12 de outubro do 1956, Antonio Tavares Sucupira é filho do trovador Andrade Sucupira. É, no campo profissional, engenheiro civil, formado pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Saudades dela? Talvez?

Se se pudesse voltar

Eu nasceria outra vez

Com a mesma mãe para amar.

E um certo amigo dizia

À sua cara-metade:

Já fui preso, que ironia!

Por querer a liberdade.

Seria o mundo feliz

E só haveria glória

Se todo o povo da terra

Nascesse aqui em Vitória.

2.8. ASSUMPÇÃO BOTTI

Manoel Assumpção Botti nasceu em Vitória no dia 15 de agosto do 1916. É advogado. Autor de muitos poemas e trovas.

Que não me empolgue a subida,

Que a humildade viva em mim,

Que eu suba sempre na vida

Sem me esquecer de onde vim.

Se pintor eu pintaria

A vida com duas cores:

Um pingo azul de alegria

Num fundo roxo de dores.

Quantos contrastes abriga

Minha existência bizarra:

Obrigado a ser formiga,

Eu que nasci pra ser cigarra.

Os meus tristes olhos baços

Do que sou dão a medida:

Um coração em pedaços

Num corpo quase sem vida.

2.9. CARLOS JOSÉ CARDOSO

Fluminense, Carlos José Cardoso é bancário e reside há pouco tempo em terras capixabas. Cursou Contabilidade e Filosofia, que não chegou a concluir. Nasceu em 2 de abril de 1953.

Coração, amante louco,

E que carrega em seu cerne,

De toda verdade um pouco

Que Deus, amando, concerne.

Traze-me, vento da noite,

Toda a paz que a alma precisa.

Afasta de mim o açoite

Dando-me amor por divisa.

Nem tudo na vida tende

Àquilo que nós queremos;

A vida de Deus depende,

A sorte, nós a fazemos.

Vento que passa em meu rosto

Lembra teu beijo, querida,

Traz ao meu corpo o desgosto,

Dando-me em ti nova vida.

2.10. CLÉRIO JOSÉ BORGES

Clério José Borges de Sant`Ana é capixaba de Vila Velha, onde nasceu em 15 do setembro de 1950. É funcionário público estadual e professor. Está concluindo cursos de Direito e Pedagogia. Poeta e jornalista. É a figura máxima do trovismo capixaba, nos dias de hoje, por seu dinamismo. Organizou algumas coletâneas com outros trovadores.

Que mimo, estás a meu lado

Tão próxima, tão fagueira,

Enquanto eu embaraçado

Fico mudo a noite inteira.

São luzes de certo os sonhos

cheios de graça infinita

a iluminar-nos risonhos

na escuridão da desdita.

O belo luar prateado

e as estrelas cintilantes

formam conjunto encantado

na FOLIA dos amantes.

2.11. ELMO ELTON

Elmo Elton dos Santos Zamprogno é natural de Vitória, cidade em que vejo à luz em 15 de fevereiro de 1925. Poeta e ensaísta, é autor de diversas obras. Durante vários anos residiu no Rio do Janeiro. Recentemente retornou ao Espírito Santo e foi eleito Rei dos Trovadores Capixabas.

Conheço bem teu valor,

trilhamos igual caminho:

- Sei que te chamam de flor,

mas, nessa flor, quanto espinho!

Minha filha, não te iludas

com os beijos que te vão dar,

que os descendentes de Judas

estão em todo lugar.

Este pranto, sentimento,

deixa eu chorá-lo, tristonho,

que ele alivia, óleo bento,

a cicatriz do meu Sonho.

Anda a caçar pirilampos,

e, se consegue prendê-los,

desses insetos faz grampos

para enfeitar os cabelos.

Bate este sino, às novenas,

chamando o povo à oração:

- meu coração bate, apenas,

chamando por Conceição!

2.12. ELVIRO DE FREITAS

O médico Elviro Athayde de Freitas, nascido em Vitória no dia 21 de março de 1914, é exímio sonetista e autor de um grande número de trovas, verdadeiramente antológicas. Entre outras entidades culturais, pertence à Academia Cachoeirense de Letras.

Pede-nos, Nosso Senhor,

Que amemos os inimigos.

E eu pergunto se, a rigor,

Amamos nossos amigos...

A quem, dos moços, deplora

O tino, um lembrete eu dou:

Todos nós somos, agora,

O que um menino traçou.

Dentro da frase singela,

Uma profunda lição:

É melhor acender vela

Que xingar a escuridão.

Se nos víssemos assim

Como os outros vêem a gente

Este mundo tão ruim

Seria tão diferente...

Falam com tanta insistência

Em amor, em amizade

E, com a mesma freqüência,

Haverá sinceridade?

2.13. EVANDRO MOREIRA

Na histórica cidade de Cachoeiro de Itapemirim, o poeta Evandro Moreira nasceu. Advogado, jornalista e cronista, pertence a muitas entidades culturais do país e do exterior. É funcionário do Banco do Brasil. Sua data do nascimento: 27 de novembro de 1939. Publicou diversos livros, em prosa e verso. É um dos maiores divulgadores da literatura em terras capixabas.

Se beijo desse sapinho,

como tanto se apregoa,

sua boca, meu anjinho,

era beira de lagoa.

Quis brincar o meu destino

com meus sonhos de ilusão:

- Deu-me um rosto do menino

e de um velho o coração.

Pretendo ser nesta lida

humilde como a candeia

que, esquecendo a própria vida,

ilumina a vida alheia.

Quando sofro ingratidão,

em lamentos não demoro,

porque tenho um coração

que descanta o mal que choro.

Para quem sonha é mais leve

suportar a realidade.

O encanto de um sonho breve

disfarça a rude verdade.

Perdi-me na curva infinda

deste mundo de meu Deus,

por partir sem ter ainda

toda a luz dos olhos teus.

A saudade mais dorida

somente a pode explicar

quem espera, toda vida,

a quem não pode voltar.

As margens do rio são

sinuosas como o veio...

por isso é que minha mão

tem a forma de teu selo.

Não maldigas todo o mundo

por uma pena sofrida.

- O sofrimento profundo nos

faz entender a vida.

Por ironia ou maldade,

por outras coisas sutis,

quem busca felicidade,

é quase sempre infeliz.

2.14. J. CABRAL SOBRINHO

O poeta José Cabral Sobrinho nasceu em Afonso CIáudio, Espírito Santo, em 30 de março de 1935. Há mais de 20 anos vive longe de sua terra natal, mas não perdeu o contato com a literatura espírito-santense. Trovador atuante e hábil sonetista. É militar da ativa do Exército Brasileiro.

Nesses sertões sofredores,

onde a seca se renova,

com a Fé dos sonhadores

cultivo safras do trovas.

Voando por entre as flores,

o beija-flor, todo dia,

numa profusão de cores,

é um exemplo de harmonia.

- Se o colega me permite

que um conselho seja dado,

é sempre bom que se evite

a trova de pé-quebrado.

Não há quem não fique roxo

de agonia, na parada,

ao ver um soldado coxo

marchando em cadência errada.

2.15. JOÃO MOTTA

João Motta nasceu em Cachoeiro de Itapemirim em 1881. Foi apenas jornalista e poeta, sendo que a maioria de suas produções literárias foram perdidas. Informa Evandro Moreira que, no ano do 1966, o jornalista Trófanes Ramos reuniu o que pode da vasta produção do poeta no livro "Poesias do João Motta". Foi um poeta marcado pelos ideais libertários, tanto que o jornal "O Cachoeirense”, por ele dirigido, foi empastelado em 1906. Faleceu no dia 14 de fevereiro de 1914.

Aos sons da meiga cantiga,

folgava, sonhava e ria...

Muitas vezes, boa amiga,

chorando mesmo, sorria...

Sonhos do amor ela teve,

eu creio... também passaram,

ligeiros, e, nem de leve,

um rastro sequer deixaram...

No céu de sua existência

nenhuma nuvem tristonha...

Havia em toda a esplendência,

ridente manhã risonha...

Que te importa que desabe

o mundo? A vida seguindo,

padeces rindo! E, quem sabe?

Talvez que morras sorrindo..

Ide, sonhos de venturas,

saudosos, idos amores,

quero esposar as torturas,

dormir nos braços das dores.

Andei em plagas formosas,

vivi em mundos diversos,

singrando mares de rosas,

em barcos feitos de versos...

Ide, meus sonhos dispersos,

presos às asas dos anos;

deixai-me só com meus versos,

unido aos meus desenganos!

2.16. JOSÉ DE ANDRADE SUCUPIRA FILHO

Nascido em 9 de março de 1954, na Capital do Espírito Santo, José de Andrade Sucupira Filho é analista químico e concluiu diversos cursos técnicos.

Se a vida fosse sem lutas,

sem vitória. Só prazer.

Sem empecilhos. Escuta:

Teria razão viver?

Querendo saber a causa

do acidente de avião

teve a resposta sem pausa:

Esbarramos na inflação.

Pestes, fomes, mendicâncias,

não haveria, nem guerra,

se em todas as circunstâncias

dominasse o amor na terra.

Assombrou sábios nos templos

(Quanta maldade ao seu lado),

pregou o amor, deu exemplos,

depois foi crucificado.

2.17. JOUBERT DE ARAÚJO SILVA

Um dos mais conhecidos trovadores do Espírito Santo, Joubert reside há vários anos no Rio do Janeiro, onde faz parte da alta direção da União Brasileira de Trovadores. É um dos trovadores brasileiros mais premiados em concursos de trovas e jogos florais. Nasceu em Cachoeiro de Itapemirim no dia 29 de novembro de 1915 e tem prontos para publicação dois livros do trovas.

Ela não anda, flutua...

mas com tanta e tanta graça,

que até os postes da rua

se inclinam, quando ela passa!

Enganam-se os ditadores,

que, no seu furor medonho,

mandam matar sonhadores,

pensando matar o sonho

Muita gente que eu não gabo

lembra a pipa colorida:

- quanto mais comprido o rabo

mais alto sobe na vida!...

Aquela aranha paciente,

que tece despercebida,

lembra o destino da gente

e as armadilhas, da vida!

Minha alma lembra um menino

pobrezinho e de ar tristonho,

que estende a mão ao Destino,

pedindo a esmola de um sonho!

Ela se foi... E esta espera,

pouco a pouco, transformou

o moço feliz que eu era,

no poeta infeliz que eu sou!

Sejam "brotos” ou “coroas”

- Isto dispensa argumentos -

São sempre as mulheres "boas”

que inspiram "maus” pensamentos...

Pra botar fogo na gente

É assim que a mulata faz:

em cima estufa pra frente;

em baixo estufa pra trás!

Linda viuvinha, a Anacleta

nos deixa de vistas turvas..

Não pode ter vista reta

a dona daquelas curvas...

O segredo que o Biscalho

soube da esposa travessa

deu, por fim, “aquele galho"

que não lhe sai da cabeça...

"Só com o Zé se casaria...”

Jurou, e foi verdadeira:

Já tem três filhos Maria,

e continua solteira!..

2.18. LUIZ CARLOS BRAGA RIBEIRO

Luiz Carlos Braga Ribeiro firma-se entre os trovadores mais atuantes das terras capixabas. Nasceu em Vila Velha, no dia 11 de agosto de 1951. Tem curso de tecnologia mecânica superior pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Com bondade e muito amor

Ele a todos satisfaz...

Chico Xavier com louvor

Merece o Nobel da Paz.

Esta criatura tão doce

Minha mulher, minha amante,

Jamais pensei que ela fosse

De um amor tão abundante.

2.19. LUIZ SIMÕES JESUS

Autor de livros em prosa e verso, Luiz Simões Jesus, nasceu em Guarapari, no Espírito Santo, e reside no Rio de Janeiro. É advogado e professor, pertencendo a diversas entidades culturais do país.

Tirem-me tudo na vida,

Até do sol o calor,

Mas estarei sem guarida,

Se ficar sem teu amor.

Vi morrer a pobre flor,

Entre espinhos, sufocada.

No jardim do nosso amor,

Que vejo? Espinhos, mais nada.

De um amor tive lembrança

E de outro lembranças tive:

Um - o amor que não se alcança,

Outro - o amor que não se vive.

O frescor em ti impera,

Eu padeço um frio eterno:

Tu vives na primavera,

Eu morro no meu inverno.

2.20. MARCOS TAVARES

Marcos Tavares nasceu em 16 de janeiro de 1957. Estudante de Matemática e Estatística, na Universidade Federal do Espírito Santo. É um dos trovadores revelados pelo CTC.

HOMENINO

Não sou dado a milícias,

nem milito em partidos.

Sou menino sem malícias,

e igual homem, repartido.

NATAL

É Natal e sou tão pobre:

Não possuo nova veste.

Mas feliz, pois não me cobre

a pele nenhuma peste.

2.21. NEALDO ZAIDAN

Pernambucano de Caruaru, Nealdo Zaidan, que usa o pseudônimo de Matuto, reside no Espírito Santo desde 1973. Técnico em Contabilidade, é um dos mais dinâmicos trovadores do Estado capixaba. Nasceu no dia 25 de fevereiro de 1939.

Não falo por picardia

Mas é verdade no duro.

Mulher e fotografia

Só se revelam no escuro.

Seu batom é de carminho,

Tire o seu rosto do meu.

Se manchar meu colarinho...

Chego em casa: apanho eu.

2.22. PAULO FREITAS

Paulo Athayde de Freitas é o nome desse consagrado poeta e trovador capixaba. Nasceu em Rio Novo, Espírito Santo, no dia 28 de janeiro de 1902. Pertence, entre outras entidades culturais, à Academia Espírito-Santense de Letras. É uma das figuras mais representativas da Magistratura de seu Estado.

Vejo a imagem de Maria

nas luzes da Catedral,

tendo Jesus entre os braços

numa noite de Natal.

Vejo a imagem de Maria

envolta num lindo véu,

numa divina alegria

por entre os anjos do céu.

Vejo a imagem de Maria

na luminosa manhã

inspirando a poesia

nas plagas de Canaã.

Vejo a imagem de Maria

no templo, no céu, nos mares,

ouvindo suave harmonia:

- voz dos anjos nos altares.

Na brancura do luar,

na Prece, na Poesia,

na linda Estrela do Mar,

vejo a imagem de Maria.

2.23. ROOSEVELT DA SILVEIRA

Capixaba de Alegre, Roosevelt Flávio da Silveira, é funcion6rio do Banco do Brasil, residindo em Guaçuí, em seu estado natal. Formado em Direito, não exerce a advocacia. Pertence a diversas entidades culturais. Nasceu em 5 de setembro de 1947.

Muitas amizades temos

que não traduzem verdades!

A verdadeira só vemos

em nossas dificuldades.

Se os povos querem que a paz

reine sempre em toda a terra,

por que é que cada vez mais

fabricam armas de guerra?

A mulher quer igualdade,

que diz ser direito seu,

mas é escrava da idade:

não fala quando nasceu.

Um casebre num recanto,

um casal... felicidade.

Para que maior encanto

que amor e tranqüilidade?

A cobra, em bote certeiro,

mostra as presas, de repente...

Um amigo interesseiro

também age assim com a genie.

Em nossa terra é assim:

um homem só é lembrado

depois de chegar ao fim,

quando estiver enterrado.

2.24. SILVANO THOMES

Silvano César Thomes nasceu no dia 24 de agosto de 1964, em Cariacica, Espírito Santo. Reside em Vila Velha. É estudante, tendo sido revelado para a trova com o CTC.

Adeus, escola querida,

eu digo com muito amor;

nesta hora de despedida

enalteço o Seu valor.

Vitória, és um encanto

e cidade de esplendor!

Presépio maravilhoso

que eu amo com muito ardor!

2.25. SOLIMAR DE OLIVEIRA

Mineiro de Juiz de Fora e filho de poeta, Solimar Braga de Oliveira, nasceu no dia 5 de agosto de 1913. Desde menino reside no Espírito Santo. Pertence a diversas entidades culturais do país. É um dos melhores trovadores e sonetistas do Espírito Santo. Jornalista e funcionário público. Há muitos anos vem divulgando a trova no Estado em que reside. Sua produção literária é vasta e valiosa.

Anda a honra tão sem jeito,

neste mundo camuflada,

que, agora, qualquer sujeito

a exibe como fachada!

As pessoas geralmente

deixam seu rastro no chão;

- o teu rastro unicamente

ficou no meu coração...

Na velhice a gente vela,

talvez pensando, acordado:

- a vida não era aquela

que eu esbanjei no passado...

As redondilhas que amamos,

e têm realce e frescor,

são sempre aquelas que armamos

com o cimento do amor...

Chegando ao fim da jornada,

sem passado e sem futuro,

no presente encontro o nada

porque nada mais procuro...

A verdade seja dita

numa trova sem valor:

- em cada mulher bonita

se encontra um verso de amor.

Conhecerás pelos frutos

as plantas, boas ou más:

- vê que os homens dissolutos

não darão frutos de paz...

Meu destino nesta vida

há de sempre ser assim:

- sempre a lembrar-te, querida,

sempre a fugires de mim...

Na vida, oceano inclemente,

de engano e tantos escolhos,

navega a infância inocente

tendo a esperança nos olhos.

Cultiva, amigo, a bondade,

E algum dia entenderás

que a maior felicidade

está no bem que se faz...

Tudo ilude, tudo mente,

na vida cheia de escolhos:

muita gente há descontente

com um sorriso nos olhos...

Eu levo a vida cismando

no tempo todo perdido

do tempo em que andei sonhando

um tempo nunca vivido.

Uma verdade parece

muita gente definir:

- quem muito sobe se esquece

que também pode cair...

Tenho o coração magoado,

não que me julgue infeliz,

mas por nunca ter amado

como devia e não quis...

2.26. VALSEMA RODRIGUES DA COSTA

Nascida em Sacramento, Minas Gerais, no dia 5 de novembro de 1943, Valsema Rodrigues da Costa é professora, especialista em musicaterapia. Reside em Vila Velha e tem desenvolvido trabalhos de divulgação e prática da trova entre estudantes daquela cidade. Tem duas filhas pequenas que já fazem trovas.

Minha vida, nossa vida...

oh, meu Deus! que confusão!

Todo mundo na cabeça,

só você no coração!

O mundo está sempre em guerra,

mas todos querem a paz.

Se a vida faz nossa terra,

a morte... o que ela faz?

2.27. VICENTE VASCONCELOS

Nascido em Campos, Rio de Janeiro, no dia 29 de maio de 1905, o poeta e trovador Vicente Vasconcelos, que também usa o pseudônimo De Vivas, reside há muito tempo no Espírito Santo, onde publicou diversos trabalhos em prosa e verso. Magistrado, foi desde Promotor de Justiça até Presidente do Tribunal de Justiça do Estado.

Mandam princípios gerais,

para grandes e pequenos:

- dar menos a quem tem mais

e dar mais a quem tem menos.

Para haver bom julgamento

boa regra sempre ouvi:

agir com discernimento,

julgar os outros por si...

Proclama o "mandão" sisudo

que é preciso economia,

mas sobe o preço de tudo

e não cessa a mordomia...

Não há quem não tenha errado,

pois o erro em todos medra:

- quem se julgar sem pecado

atire a primeira pedra.

O homem manda em todo mundo,

em quase tudo que quer,

mas, na verdade, no fundo,

quem manda mesmo é mulher.

É preciso distinguir

da palavra o seu sentido:

- para não se confundir

um cúpido com cupido.

2.28 ZEDÂNOVE TAVARES

Zedânove Tavares Sucupira nasceu em Vila Velha, no dia 11 de outubro de 1948. Foi funcionário do Banco do Brasil. Presidiu a UBT de Vitória, há vários anos. É autor do três centenas de poemas.

O besouro, na vidraça,

pulula, esbate-se, lida,

tal qual o homem na desgraça,

nessa muralha da vida.

Ao ver na novela, enfim,

O "cara" e a empregada - a sós -

a Maria olhou pra mim,

e minha mulher... pra nós!?...

==========================

BIOGRAFIA DO AUTOR DA PESQUISA ACIMA E DO LIVRO "O TROVISMO CAPIXABA"

BIOGRAFIA - CURRICULUM CULTURAL E ARTÍSTICO

Clério José Borges é Escritor, Historiador, Poeta, Comendador e Trovador Capixaba e nasceu no dia 15 de setembro de 1950, no antigo Patrimônio Quilombola de Aribiri, bairro do Município de Vila Velha, ES, na antiga Rua São José, atual Rua Ramiro Leal Reis, ao lado do Campo do Santos Futebol Clube, no Município de Vila Velha, Estado do Espírito Santo. Filho do Estivador Manoel Cândido de Sant Anna e da Costureira Lyra Borges de Sant Anna. Sua formação inicial foi no Colégio Nossa Senhora da Penha, dos Irmãos Maristas, da Cidade de Vila Velha onde estudou o então os Cursos Primário, Ginasial e Científico, que posteriormente correspondia aos Cursos de 1º e 2º graus e atualmente, pela nova nomenclatura educacional, fundamental e médio. O Colégio estava construído no Centro de Vila Velha e Clério por residir no bairro de Aribiri para ir para o Colégio Marista usava todos os dias, dos 07 até os 14 anos, a linha de bonde uma condução colocada em trilhos e movida à energia elétrica.

A palavra bonde, vem do bilhete que se comprava para andar no referido transporte, conhecido como bond (bônus, apólice). Os bondes eram elétricos. Os bondes não dispunham de traseira: a traseira era a dianteira e vice-versa. Deve-se ao alemão Werner Siemens, o qual, no ano de 1879, apresentou o modelo do primeiro Bonde, na Exposição Industrial de Berlim, vindo a patenteá-la no ano seguinte. As primeiras vias elétricas destinadas à utilização dos bondes foram instaladas no ano de 1890 em Clermont-Ferrand, na França. No Brasil, nos fins do século XIX, a cidade de São Paulo foi a primeira a introduzir o bonde no país. Já em Vila Velha e Vitória a introdução desse transporte deu-se em 1910, no governo de Jerônimo Monteiro. No Brasil, aquele que dirigia um bonde elétrico era chamado de motorneiro. Havia um cobrador, que circulava pelo estribo do bonde. Por conveniência da profissão, na hora do troco e da cobrança da passagem sustentava as pesadas moedas em circulação — os réis — empalmadas junto aos dedos. Desse jeito, ao mover as articulações, movia também as moedas umas contra as outras num retinir que, ao estender a mão, soava aos ouvidos do passageiro como um gesto de cobrança. Os ponguistas (de ponga, carona, é viajar de graça em veículos) também propiciavam ao condutor uma luta inglória, pois nunca conseguia cobrar-lhes a passagem. Alguns condutores eram bastante conhecidos: João, de Jaburuna, Maurício, Floriano, apelidado de Beija-Flor e João Cabeção. Como motorneiro havia o Alarico, residente em Aribiri, um nordestino muito falante e também conhecido pelas suas meias-paradas dos bondes, favorecendo o embarque e desembarque de passageiros fora do ponto.

No Colégio dos Irmãos Maristas, Clério José Borges logo se destaca sendo convidado pelo aluno Vicente de Paula Ferreira para ser Diretor de Jornalismo do Grêmio Estudantil atuando, como Redator Chefe do Jornal Estudantil O PIONEIRO, em 1967. A Edição do Jornal O PIONEIRO, setembro do mesmo ano de 1967, consta uma reportagem Especial de Clério Borges, com o Título “O Velho Matias”, sobre a descoberta de Petróleo em São Mateus – ES. Como Diretor de Jornalismo do Grêmio Estudantil “Nossa Senhora da Penha”, do Colégio Marista de Vila Velha, organiza o Concurso Nacional Literário “Padre Champagnat” que recebeu de 1º de julho a 15 de outubro de 1967, (dia dos 70 anos da chegada dos Maristas no Brasil), mais de 3 mil redações de aluno Maristas de todo o Brasil.

Clério chegou a estudante o chamado Curso Científico durante a tarde e a noite estudava o Curso de Técnico em Contabilidade no Colégio de João de Almeida e Silva que na época funcionava no período noturno nas dependências do Grupo Escolar Vasco Coutinho no Centro de Vila Velha. Depois Clério estudou Direito e Pedagogia na UFES - Universidade Federal do Espírito Santo. Em 1975 classificou-se em 11º Lugar no Exame Vestibular de Direito da UFES, onde haviam cerca de 300 inscritos e apenas 80 vagas. Já em 1979, classificou-se em 21º Lugar no Exame Vestibular de Pedagogia.

Clério José Borges trabalhou profissionalmente, como Jornalista do Jornal "A Tribuna", de Vitória, ES. Foi Jornalista iniciante (Foca) e promovido, em seguida, a Repórter e depois a Redator, chegando a função de Chefe de Reportagem, com Carteira Profissional assinada de 01/08/69 a 11/02/70 e de 01/03/71 a 05/07/72. No Jornal A Tribuna, além de Repórter, Redator e Chefe de Reportagem foi comentarista de Cinema. Trabalhou com os consagrados Jornalistas da Imprensa Capixaba, Marien Calixte, Plínio Marchini, Rubinho Gomes, Paulo Bonates, Sérgio Egito, Nelson Serra e Gurgel, Marcelo Rossoni, Maura Fraga, Paulo Maia, Pedro Maia e Vinicius Paulo Seixas e Cláudio Bueno Rocha. Depois teve uma ligeira passagem pelo Jornal O Diário, (já extinto), também de Vitória, ES.

Fundou e preside desde 1º de julho de 1980 o Clube dos Trovadores Capixabas CTC, que em Assembleia Geral Extraordinária realizada no sábado, dia 18 de novembro de 2017, em Eurico Salles, no Município da Serra no Espírito Santo foi transformada em Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, de sigla ACLAPTCTC. Clério é líder na realização de eventos culturais no Estado do Espírito Santo, promovendo anualmente, desde 1981, os Seminários Nacionais da Trova, atualmente denominados Congressos Brasileiros de Poetas Trovadores. Foi fundador e primeiro Presidente da Academia de Letras e Artes da Serra, ALEAS, fundada no dia 28 de agosto de 1993.

É morador do Município da Serra, ES, desde o dia 20 de fevereiro de 1979, data em que se mudou de Vila Velha para o bairro Eurico Salles, Distrito de Carapina, Serra, ES. É cidadão Vilavelhense por nascimento, cidadão Serrano desde 26 de dezembro de 1994 e cidadão da cidade de Cariacica, ES, desde o dia 14 de julho de 2022.

Funcionário Público Estadual Aposentado tendo atuado na área da segurança pública estadual, exercendo o cargo de Escrivão de Polícia Civil durante 35 anos, onde foi premiado com Elogios e as Medalhas de Bronze, Prata e Ouro da Polícia Civil Capixaba devido à excelência nos serviços prestados em prol da sociedade capixaba. Durante sua vitoriosa carreira policial, Clério José Borges trabalhou em várias Delegacias e exerceu vários cargos de chefia, de modo especial o cargo de chefe de Apoio Administrativo do Departamento de Polícia Judiciária da Serra. Durante seu trabalho como Escrivão de Polícia, anotou gírias e jargões que serviram de base para o lançamento em 2012, de um Livro com cerca de 10 mil Gírias e Jargões da Malandragem.

Foi Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Cultura do Espírito Santo, durante quatro anos, de 04/01/1989 a 18/02/1993, onde foi eleito e atuou como Secretário e Vice-presidente do CEC-ES. A designação em 04/01/1989, Decreto Nº 08-P, de 04 de janeiro de 1989, publicado no Diário Oficial do E. Santo foi assinada pelo Governador do Estado, Dr. Max Freitas Mauro, com duração até 1991. Nova nomeação pelo Governador do Estado, como Conselheiro Titular da área de Literatura, representando o CTC, Clube dos Trovadores Capixabas, em 1991, com duração até 18/02/1993. Conselheiro Suplente de 1994 a 1997. Após 1997 e até o ano 2000, passou a pertencer à Câmara de Literatura do referido Conselho, CEC-ES. Durante o período de atuação no CEC como Conselheiro Titular por quatro anos, exerceu a atividade de Secretário do Plenário e foi eleito, Vice-Presidente por votos dos Membros do Colegiado. Membro da Câmara de Literatura do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Espírito Santo. Na Câmara e no CEC, fez parte de várias Comissões criadas, apreciando processos, emitindo pareceres e participando de Tombamentos históricos, como o Tombamento das ruínas da Igreja de São José do Queimado e tombamento da Mata Atlântica do Espírito Santo.

Pelo Decreto Municipal N.º 9905/97, de 24 de setembro de 1997, assinado pelo Prefeito Dr. Antônio Sérgio Alves Vidigal, Clério José Borges é nomeado para compor o primeiro Conselho Municipal de Cultura da Cidade da Serra. A lei que instituiu o Conselho de Cultura da Serra foi de autoria da então Vereadora Márcia Lamas e foi sancionada pelo Prefeito da Serra da época, João Baptista da Motta. Clério José Borges foi nomeado como Conselheiro Titular da Área de Literatura, ficando como suplente o Escritor Valdemir Ribeiro Azeredo. Como Conselheiro Municipal de Cultura da Serra, um trabalho voluntário e não remunerado, ficou de 24/09/1997 a 20/07/2012, ou seja, durante o período de 14 anos, 09 meses e vinte dias. É Senador da Cultura, título recebido pela Sociedade de Cultura Latina do Brasil, com sede na Cidade de Mogi das Cruzes, São Paulo. É Mestre da Cultura Capixaba desde 30 de setembro de 2023, título recebido em evento folclórico realizado na Praia da Costa em Vila Velha, ES.

Depois de cinco anos de pesquisas, em 1998 publica o Livro "História da Serra", contando a verdadeira história da colonização do município da Serra, com a chegada dos Índios Temiminós do Rio de Janeiro sob o comando do cacique Maracajaguaçu e que, em 1556, se une ao Padre Jesuíta, Braz Lourenço e funda a Aldeia de Nossa Senhora da Conceição, que dá origem a atual cidade da Serra. A 1ª Edição do Livro foi eleita em abril de 1999, como o Melhor Livro do ano de 1998, publicado em prosa no Brasil e a cerimônia oficial de premiação foi realizada sob a presidência da Professora e Acadêmica, Maria Aparecida de Mello Calandra, IWA, Presidente da Sociedade de Cultura Latina do Brasil em Mogi das Cruzes, São Paulo no dia 08 de maio de 1999, no Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno, localizado na Rua Dr. Corrêa, 515, Centro Histórico, na Cidade de Mogi das Cruzes, no Estado de São Paulo.

No dia 15 de setembro de 2005 Clério José Borges foi homenageado como historiador do Município da Serra em solenidade realizada na Sala de Reuniões Flodoaldo Borges Miguel, no Plenário da Câmara Municipal da Serra. Na ocasião Clério recebeu uma Placa Especial, Diploma de Honra ao Mérito, Historiador Serrano. No dia 10 de fevereiro de 2007, em pleno Carnaval Capixaba, Clério José Borges foi homenageado, no Sambão do Povo, em Vitória, ES, como Historiador, pela Escola de Samba, Rosas de Ouro, do Município da Serra, Espírito Santo, presidida pelo Carnavalesco, Marcos Caran. Clério desfilou como Destaque num Carro alegórico pois o enredo "Serra 450 anos de Fundação”, foi baseado no Livro História da Serra, de Clério José Borges.

Pertenceu a Pastoral Familiar (preparação de noivos para o casamento) da Comunidade Católica São Paulo Apóstolo, da Paróquia São José Operário de Carapina, Serra, ES, junto com sua esposa Zenaide Emília Thomes Borges e, a vizinha e amiga, Magnólia Pedrina Sylvestre. Serviu na Pastoral Familiar de 19 de março de 2005 até o dia 19 de agosto de 2022. Foi Ministro da Palavra, comentando, ou seja, partilhando a palavra do Evangelho nas celebrações que são realizadas em substituição a Missa, na Comunidade Católica São Paulo, Paróquia São José Operário, de 05 de agosto de 2008 até o dia 19 de agosto de 2022.

A Igreja Católica possui o laicato, que é presença de pessoas não ordenadas que substituem os Padres em ações dentro da Igreja, dirigindo celebrações, partilhando o evangelho e exercendo algum tipo de serviço engajado nas pastorais e ministérios. A função dos leigos foi ampliada por ocasião do Concílio do Vaticano II (1962-1965), quando os leigos passaram a ter uma atuação mais ativa na Igreja, por causa da falta de padres em muitas comunidades. Para ser habilitado como Ministro da Palavra teve uma formação ministrada pelo Padre Comboniano, o Italiano Pedro Settin.

Envolvido em lutas comunitárias desde o dia 22 de abril de 1979, participando da fundação do Movimento Comunitário do bairro Eurico Salles, na Serra ES, tendo sido o primeiro Vice-Presidente. Clério possui pouco mais de quinze livros publicados, sendo alguns individuais e outros como organizador de Coletâneas e Antologias, destacando-se as obras, “Serra, Colonização de uma Cidade” e o livro “Dicionário Regional de Gírias e Jargões" e a mais recente obra, “A Mulher Heroína do Queimado, Aisha Keto Korowe Detokumbo, Benedita Torreão, Princesa que veio de além-mar.”

No dia 18 de junho de 1987, Clério José Borges concedeu inclusive entrevista a Lúcia Leme, em Rede Nacional, no programa "Sem Censura" da TV Educativa do Rio de Janeiro. O programa Sem Censura começou a ser exibido em 1985 pela antiga TVE, do Rio de Janeiro. É um programa de entrevistas, exibido à nível Nacional, antes pela TV Educativa e depois pela TV Brasil, exibido de segunda a sexta-feira, no período da tarde. O programa já foi apresentado com Lúcia Leme de 1986 a 1996; Leda Nagle, de 1996 a 2017, sendo depois de 2017, apresentado por Vera Barroso. Em 26 de fevereiro de 2024 estava sendo comandado pela apresentadora Cissa Guimarães. Beatriz Gentil Pinheiro Guimarães (Rio de Janeiro, 18 de abril de 1957), mais conhecida como Cissa Guimarães, é uma atriz e apresentadora brasileira.

Em 1987, o CTC, Clube dos Trovadores Capixabas completava sete anos de fundação. Em 1984, por causa da fundação do CTC, o Escritor Eno Teodoro Wanke fundara a FEBET, Federação Brasileira de Entidades Trovistas, reunindo em um único órgão, os vários Clubes e Associações fundados no Brasil, seguindo a estrutura do CTC. O Escritor Eno logo publica um livrote (livro de poucas páginas) denominando o movimento que se iniciava no Brasil em torno da Trova de Neotrovismo. A ida de Clério José Borges no dia 18 de junho de 1987, saindo da cidade da Serra até os estúdios da TV Educativa no Rio de Janeiro, segundo o próprio escritor e historiador da Trova no Brasil, Eno Teodoro Wanke marca e consolida o início do movimento do Neotrovismo no Brasil.

Para divulgar e defender o movimento em torno da Trova no Brasil, denominado Neotrovismo, no ano de 1990, Clério José Borges participa como Convidado Especial, representando o Estado do Espírito Santo, do 1º Congresso Brasileiro de Poesia e Encontro Latino de Casas de Poetas, nos dias 20 a 22 de abril de 1990, na cidade de Nova Prata, interior do Rio Grande do Sul. Clério José Borges proferiu palestra junto com os Escritores: a) Eno Theodoro Wanke (RJ), do Rio de Janeiro; b) Antônio Juraci Siqueira, do Estado do Pará; c) Cláudia Alencar, poeta e atriz de novelas da Rede Globo de Televisão; d) Aracy Balabanian, atriz de novelas da Rede Globo de Televisão; e) Ronaldo Cunha Lima, então Governador da Paraíba e Poeta. A organização do Congresso foi do Escritor Ademir Antonio Bacca, com o apoio do Poeta Nelson Fachinelli.

As premiações de Clério José Borges começam em 1973 com o título de Personalidade do Ano como Destaque no Setor de Promoções. Detentor de Diversos Títulos, Diplomas e Medalhas e homenagens, como por exemplo, a Medalha Chico Prego, recebida em 30 de março de 2006. Atuando como escritor, foi contemplado com Medalhas, Comendas, Diplomas e importantes homenagens, entre as quais, a medalha de Mérito Cultural “Afonso Pena” e o título de acadêmico imortal, ambos concedidos durante cerimônia em Belo Horizonte, presidida pelo Dr. Mário Carabajal, presidente fundador da Academia de Letras do Brasil.

No dia 27 de fevereiro de 2015, na festa de revitalização da AMALETRAS, Academia Mateense de Letras, encerrando o Ano Literário Cecília Meireles de 2014 e iniciando o Ano Maria Antonieta Tatagiba a presidente da AMALETRAS, Dra. Marlusse Pestana Daher homenageou o Presidente do CTC, Clube dos Trovadores Capixabas, Clério José Borges com a Comenda Cecília Meireles. A solenidade foi realizada nos Salões do tradicional Clube Ouro Negro no Centro da Cidade de São Mateus.

A Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo em solenidade realizada no dia 07 de Julho de 2015, de acordo com a Resolução n.º 4.026, conferiu ao Escritor Clério José Borges o título de Comendador e a Comenda Rubem Braga. Clério recebeu o título de Comendador e a Comenda Mérito Legislativo Rubem Braga, das mãos da Deputada Estadual Luzia Toledo.

Na cidade de Itabira, Estado de Minas Gerais, recebeu os seguintes Troféus:

1 - Troféu Carlos Drummond de Andrade. No dia 05 de junho de 2010, no Salão de Festas CENSI, em Itabira, Minas Gerais, Clério José Borges recebeu o título de Destaque do Ano e Troféu Carlos Drummond de Andrade, numa promoção do Jornalista e Colunista Social de Itabira, MG, Eustáquio Lúcio Felix.

2 - Troféu Pedro Aleixo, como Personalidade Brasileira Notável do ano de 2012, no dia 10 de março de 2012.

3 - No dia 06 de abril de 2013, Clério José Borges recebe em Itabira o Troféu Personalidade Notável 2013.

4 - No dia 24 de outubro de 2015, na 50ª festa dos “Destaques do Ano”, Clério recebeu o Troféu Carlos Drummond de Andrade, Edição Especial ouro, 50 anos.

5 - No dia 22 de outubro de 2016, Clério José Borges foi homenageado com o Troféu Machado de Assis, como intelectual do ano de 2016.

6 - Com a presença da Vice Prefeita, Dalma Helena Barcelos, no sábado dia 24 de Junho de 2017, na sede do Real Campestre Clube na Cidade de Itabira, na Região Central do Estado de Minas Gerais, Clério José Borges de Sant Anna recebeu das mãos do empresário e Patrono de Honra do evento, José Elias Marques, o TROFÉU CASTRO ALVES, Escritor Notável 2017. A festa foi organizada pelo Colunista Social e Jornalista Eustáquio Lúcio Felix. Também presente a esposa do Jornalista Eustáquio, a Sra. Sônia Felix, bem como a Vice-prefeita, Dalma Helena Barcelos e os patronos Dr. José Francisco Coelho, César Augusto Nunes, Presidente do Real Campestre Clube e Evanes Evanil Campos.

7 – Clério José Borges recebeu no dia 27 de outubro de 2017, o Troféu Madre Teresa de Calcutá. A festa foi iniciada às 22h30 no Salão Nobre do Real Campestre Clube, em Itabira, região central de Minas Gerais. Agnes Gonxha Bojaxhiu era o nome da Madre Teresa de Calcutá.

8 – Dia 05 de maio de 2018 recebe o Troféu João Guimarães Rosa, como Personalidade de Destaque nas Letras Brasileiras evento realizado na cidade de Itabira, Minas Gerais, em promoção do Jornalista Eustáquio Lúcio Felix.

Clério José Borges pertence ainda as seguintes Associações e Academia de Letras e Artes:

1974 - Instituto Cultural do Vale Caririense, da Cidade de Juazeiro do Norte, Ceará. Diploma assinado em 11 de abril de 1999, pelo Presidente, Joaryvar Macêdo. O Instituto Cultural do Vale Caririense (ICVC) foi criado em Juazeiro do Norte no ano de 1974.

1981 - Sócio nº 22 do Clube Baiano da Trova, admitido pelo ‘‘Rei’’ da Literatura de Cordel, Rodolfo Coelho Cavalcante. Diploma de Sócio Correspondente datado de 28 de outubro de 1981, assinado pelo Presidente Rodolfo Coelho Cavalcante e pelo Secretário Isaías Moreira Cavalcante.

1982 – Acadêmico Benemérito "AD HONOREM" do Centro de Cultural, Literário e Artístico de FELGUEIRAS – Portugal. Jornal de Figueiras. Diploma datado de 22 de junho de 1982.

1983 - Sócio Efetivo Correspondente do Clube da Trova do Vale do Paraíba, admitido em 14 de julho de 1983, Guaratinguetá, Estado de São Paulo. Diploma assinado pelo Presidente Poeta Francisco José de Castro Fortes.

1983 - Sócio Correspondente do Centro Cultural ‘‘José Hernández’’ de Sant'Anna do Livramento, Rio Grande do Sul. Carteira datada de 08/07/83, assinada pelo Presidente Paulo César G. Guggiana.

1984 - Representante da FEBET, Federação Brasileira de Entidades Trovistas no Espirito Santo e eleito seu primeiro Vice-Presidente Nacional, em 1984. Manteve-se no cargo de Vice-Presidente por quatro mandatos de três anos cada, até 1995. Diploma de Representante datado de 20 de janeiro de 1984 assinado pelo Presidente, Escritor Eno Teodoro Wanke. Entidade atualmente inativa.

1984 - Sócio de Honra do Clube da Trova de Cariacica, fundado por Josefa Telles de Oliveira. Diploma datado de 24 de junho de 1984. Entidade atualmente inativa.

1984 - Membro Correspondente da Casa de Cultura de Itaberaba, Bahia, Diploma conferido em 24 de novembro de 1984.

1984 - Membro Correspondente do Grupo A.L.E.C. de Corumbá, Mato Grosso do Sul. Diploma datado de 11 de outubro de 1984, assinado por Presidente Benedito C. G. Lima.

1985 - Sócio Correspondente da Academia de Letras "José de Alencar", de Curitiba –Paraná – Diploma datado de 04 de outubro de 1985, assinado pelo Presidente Escritor Vasco José Taborda.

1985 - Acadêmico Titular da Academia de Letras Municipais do Brasil e eleito primeiro Presidente no Espírito Santo. Diploma emitido em São Paulo, datado de 25 de Abril de 1985, assinado pelo Presidente Antenor Santos Oliveira e pelo Secretário Geral, Rubens Cintra Damião. Permaneceu no Cargo de Presidente até julho de 1988. Entidade atualmente inativa.

1985 - Sócio Delegado e Diretor - Representante do Núcleo Cultural Português, de Vitória - ES. Nomeado por Santa Inèze da Rocha e Antônio Soares, de Porto Alegre - Rio Grande do Sul. Diploma datado de 05 de dezembro de 1985. Entidade atualmente inativa.

1986 – Sócio de nº 2430 da UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES, DE SÃO PAULO. Admitido em 17 de junho de 1986. A UBE é uma das mais importante Entidades Culturais do Brasil, congregado hoje cerca de 5 mil associados em São Paulo e no Brasil.

1986 - Sócio Representante do Clube dos Escritores, Trovadores e Poetas de Conceição da Barra - Espírito Santo. Diploma assinado pela Presidente Vilma de Fátima Araújo, 1986.

1987 – Sócio Correspondente da Academia Petropolitana de Letras, Cadeira nº 51, Patrono Gabriel Kopke Fróes, da Academia Petropolitana de Letras de Petrópolis - RJ. Diploma datado de 29 de abril de 1987, assinado pelo Presidente Joaquim Eloy Duarte dos Santos. Registro no livro nº 03 sob o nº 87030051, em 29/04/87.

1987 – Membre D’ Honneur do Clube de Intelectuais Franceses, Paris, França. Diploma conferido em 10 de setembro de 1987. Diploma conferido em 10 de setembro de 1987.

1987 – Sócio Correspondente, Cadeira nº 51, Patrono Gabriel Kopke Fróes, da Academia Petropolitana de Letras de Petrópolis - RJ. Diploma datado de 29 de abril de 1987, assinado pelo Presidente Joaquim Eloy Duarte dos Santos. Registro no livro nº 03 sob o nº 87030051, em 29/04/87.

1987 - Associação Profissional dos Escritores do Estado do Espírito Santo, APES. Organizou e fundou a 06 de fevereiro de 1987, com o Escritor, José Luiz Pereira Passos, a APES, cuja a reunião da fundação foi convocada por Edital Público publicado no Diário Oficial do Estado, no dia 04 de fevereiro de 1987. A APES foi registrada na Delegacia do Ministério do Trabalho do Estado do Espirito Santo, sob o nº 156, no livro 02, fls. 156, no dia 23 de fevereiro de 1987. José Luiz foi o primeiro Presidente e Clério José Borges, Secretário Geral e Vice. Posteriormente em reunião plenária de 19 de março de 1988, no Auditório da Rede Gazeta de Comunicação, Clério José Borges, assumiu a Presidência da APES. Com a Constituição Brasileira de 1988, a APES, transformou-se em Sindicato dos Escritores do Estado do Espírito Santo, em Assembleia Geral, realizada no dia 11 de janeiro de 1990, na Área de Exposições da Galeria Homero Massena, no Centro de Vitória, permanecendo Clério José Borges na Presidência. O Sindicato ficou de Compromissos, não encontra tempo para cuidar do Sindicato. Os Livros de Atas e Livro de Registro de Sócios foram organizados por Clério José Borges. Atualmente o Sindicato encontra-se inativo.

1988 - No dia 24 de julho de 1988, Clério José Borges foi eleito o primeiro Presidente da SCLB, Sociedade de Cultura Latina do Brasil, à nível Nacional, com apoio do Prof. Joaquim Duarte Batista. Permaneceu no cargo até 1994, quando foi eleito Vice-Presidente da SCLB, tendo sido eleita Presidente a Escritora de Mogi das Cruzes – SP, Maria Aparecida de Mello Callandra. É Presidente da Sociedade Cultural Latina do Espirito Santo.

1989 - Diploma de Titular da Academia Pan-americana de Letras e Artes. Diploma datado de 11 de novembro de 1989, assinado pela Escritora Sônia Vasconcellos, da cidade de Campos, RJ.

1989 - Membro Correspondente do Centro Cultural ‘‘Prof. Faris Michaele’’. De Ponta Grossa - Paraná. Diploma datado de 20 de junho de 1989, assinada pela Presidente Leonilda H. Justus e pela Vice-Presidente Sônia M. D. Martelo.

1990 – Acadêmico da Academia Castro Alves de Letras, de Salvador, Bahia. Diploma datado de 14 de março de 1990, assinado pelo então Presidente Escritor Archibaldo Peçanha.

1990 – De 1990 a 1992, presidente e fundador da Casa do Poeta Brasileiro, Seção do Espírito Santo, POEBRAS de 1990 a 1992. A entidade é filiada à Casa do Poeta Brasileiro âmbito Nacional, com sede em Porto Alegre, RS, presidida na época pelo Escritor Nelson Fachinelli. Em 1992 foi eleito Presidente de Honra da Casa do Poeta Brasileiro, ES, quando assume a Presidência Executiva a Escritora Sandra Geralda Amorim Borges. Atualmente encontra-se inativa.

1991 - Academia de Letras de Vila Velha antiga Academia de Letras Humberto de Campos como Acadêmico Titular, Cadeira número 20, tendo como Patrono Afonso Cláudio de Freitas Rosa. Foi eleito e tomou posse em solenidade realizada no dia 14 de maio de 1991 quando era Presidente o Jornalista Jair Vianna Santos e Secretário Dijairo Gonçalves Lima. Clério foi apresentado e teve como Padrinho o acadêmico Mário Ribeiro que era Poeta e Médico, autor do Livro de Poesias “Retalhos Esparsos: poemas e trovas”. Clério José foi eleito por unanimidade e empossado no mesmo dia.

1992 - Sócio do Clube de Poetas e Escritores ‘‘Eunice Siqueira Tristão’’, da Casa da Cultura de Afonso Cláudio - ES. Carteira concedida, em 1992, pelo Benemérito da entidade, José Saleme. O Clube é da Fundação Jônice Tristão e o Presidente era o Poeta, Elias Mendes.

1996 - Associado do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Clério José Borges tomou posse no IHGES em sessão solene na Rede Gazeta de Comunicação no dia 12 de junho de 1996 durante os festejos dos 80 anos do Instituto, tendo recebido o Diploma de Sócio das mãos do então Presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, Desembargador Ewerly Grandi Ribeiro. Clério foi indicado para membro do IHGES, pelo então Vice-Presidente, Dr. José Paulo de Souza filho, tendo a indicação sido aprovada por unanimidade.

1996 – Sócio do MPN, Movimento Poético Nacional, com sede em São Paulo. Delegado do Movimento Poético de São Paulo. Certificado datado de 03 de janeiro de 1996, assinado pelo Presidente Wilson de Oliveira Jasa, nomeando Clério José Borges - Delegado do Movimento Poético de São Paulo em Carapina – ES. O Movimento Poético em São Paulo foi fundado em 12/09/80.

1996 – Associação dos Escritores do Amazonas. Em 22 de Julho de 1996 é admitido, por indicação do Dr. José Paulo de Souza Filho, como Sócio Interestadual da Associação dos Escritores do Amazonas, da Cidade de Manaus, Amazonas, recebendo a Carteira de Sócio nº 58, com validade até dezembro de 1999, assinada pelo Presidente Gaitano Laertes P. Antonaccio.

1998 - Acadêmico Correspondente da Academia Brasileira da Trova, localizada no Rio de Janeiro. Diploma datado de 02 de junho de 1998, assinado pelo Presidente Antônio Bispo dos Santos e Secretária Adelir Machado.

1999 - Acadêmico Correspondente da Academia Itapirense de Letras e Artes, da Cidade de Itapira, São Paulo. Diploma datado de 10 de fevereiro de 1999, assinado pelo Presidente Thiago Menezes.

2004 - Acadêmico Correspondente, Cadeira 202, da Academia de Letras de Cachoeiro de Itapemirim, admitido no dia 03 de setembro de 2004, diploma assinado pelo Presidente Solimar Soares da Silva e pela 1ª Secretária Joacy Ribeiro Novaes.

2011 - Academia de Letras do Brasil – Belo Horizonte, MG. Diploma de posse como Acadêmico Correspondente, datado de 23 de agosto de 2011, assinado pelo Prof. Dr. Mário Carabajal, Presidente da ALB/CONALB.

2013 - Academia Mateense de Letras, AMALETRAS, da cidade de São Mateus. Clério tomou posse no dia 31 de agosto de 2013, em solenidade no Auditório do Salão de Festas da cidade, em solenidade Presidida pela Escritora, Dra. Marlusse Pestana Daher.

2014 - Academia das Artes, Cultura e Letras de Marataízes e do Estado do Espírito Santo (Academia Marataizense de Letras), da Cidade de Marataízes, no sul do Estado. Clério foi empossado em Solenidade realizada no dia 10 de maio de 2014, no Plenário da Câmara Municipal de Marataízes, na Avenida Lacerda de Aguiar, nº 113, Centro - Marataízes - Espírito Santo.

2015 - Academia Iunense de Letras, da cidade de Iúna, na região do Caparaó. Clério tomou posse na quarta-feira, dia 11 de novembro de 2015, durante as comemorações do bicentenário de Criação do Quartel do Rio Pardo. O evento foi realizado no Salão da 3ª. Idade de Iúna e contou com a presença do Prefeito Municipal da Cidade de Iúna, (região Caparaó), Rogério Cruz. A solenidade foi presidida pelo Escritor José Salotto Sobrinho.

2017 - Academia de Letras Jurídicas do Estado do Espírito Santo. Acadêmico fundador admitido na Assembleia Geral de Fundação da entidade em 25 de março de 2017, ocasião em que foi eleito Secretário Geral com mandato de 25 de março de 2017 a 25 de março de 2021.

Clério José Borges pertence ainda as Academia de Letras de Marataízes, Academia de Letras da Cidade de São Mateus, Academia de Letras de Vila Velha, Academia de Letras de Cachoeiro de Itapemirim, Academia de Letras da cidade de Iúna, na região do Caparaó. É Associado do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e do Clube de Intelectuais Franceses. Pertence ainda ao Movimento Poético Nacional, MPN, com sede no Estado de São Paulo; Sociedade de Cultura Latina do Brasil, com sede em Mogi das Cruzes, SP; Casa do Poeta Brasileiro, Poebras, de Porto Alegre, RS; Academia Petropolitana de Letras, da Cidade de Petrópolis, (RJ); Academia Brasileira da Trova, com sede no Rio de Janeiro e Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas, ALCEAR, bem como inúmeras outras entidades, Associações e Academias no Brasil e no Exterior.

==================================================================================================================================================================================================================O que é Neotrovismo?

NEOTROVISMO

O que é Neotrovismo?

O Neotrovismo é um Movimento Literário Brasileiro em torno da forma de Poesia chamada Trova, composição poética de quatro versos, com sete sílabas poéticas cada verso (linha), com rima e sentido completo. NEO (Novo) TROVISMO, o mesmo Movimento Trovadoresco ou Trovismo, iniciado pelo Trovador Luiz Otávio com a publicação do Livro "Meus Irmãos, os Trovadores", lançado pela Editora Vecchi, em 1956, com 260 páginas, com mais de 2 mil trovas de mais de 600 autores de diversas cidades brasileiras, renovado por uma nova geração de Trovadores.

. O termo foi aprovado pelo plenário do Quarto Seminário Nacional da Trova, em 1984. O Escritor Eno Teodoro Wanke, que estava presente no evento promovido pelo CTC, Clube dos Trovadores Capixabas e que foi realizado no bairro de Prainha, na Cidade de Vila Velha, ES, apresenta a proposta de que o movimento literário que se segue, em torno da Trova no Brasil, passe a ser denominado oficialmente de "Neotrovismo". A proposta foi aprovada pelo plenário, por unanimidade e com louvor. Presentes no ato mais de 150 Poetas Trovadores de várias cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e, inclusive de Pernambuco e Bahia.

Segundo o historiador Eno Teodoro Wanke, autor de várias obras sobre a história da Trova no Brasil, em 01 de Julho de 1980, o Poeta Trovador Capixaba Clério José Borges ao criar uma entidade cultural denominada de CTC, Clube dos Trovadores Capixabas, na Grande Vitória no Estado do Espírito Santo dá início a uma nova movimentação em torno da Trova no Brasil. Clube de Trovas são criados de norte a sul do Brasil e vários eventos como Encontros e Congressos de Poetas Trovadores são realizados em várias cidades brasileiras: 1) Porto Alegre, com organização local dos Escritores Santa Inéze, Nelson Fachinelli e Antônio Soares; 2) Porto Velho em Rondônia, com organização local da Escritora Kléon Maryan, em 1989; 3) Salvador, Bahia, com organização local do Escritor Luciano Jatobá e Francisco Telles; 4) Olinda e Recife, com organização local da Jornalista Alba Tavares Corrêa, em 1988 e 1989; 5) Rio de Janeiro em Petrópolis, Magé, Centro, Bonsucesso e Ilha de Paquetá, com organização local dos Poetas, Maria de Fátima Brasil, Jornalista Jorge da Matta Freire; Laís Costa Velho da Editora CODPOE, Cooperativa de Poetas e Escritores; José Maria de Souza Dantas, Professor da SUAM, Sociedade Unificada de Ensino Augusto Motta e professora Lúcia Mattos. 6) São Paulo foram realizados dois Congressos, com organização local das Professoras Inês Catelli e Marília Martins; 7) Timóteo, Acesita e Coronel Fabriciano, com organização local da professora Zaíra Carvalho; 8) Corumbá, com organização local do Escritor Benedito Carlos Gonçalves Lima; 9) Maringá, no Paraná, com organização local da Escritora Agenir Leonardo Victor. 10) Outros eventos em várias outras cidades. Antologias e Coletâneas são publicadas por várias Editoras. O certo é que em 1980 com a criação do CTC, Clube dos Trovadores Capixabas, hoje ACLAPTCTC, Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, surge o “movimento literário brasileiro, chamado de Neotrovismo, ou seja, NEO (Novo) TROVISMO, o mesmo Movimento Trovadoresco ou Trovismo, renovado por uma nova geração de Trovadores.”

Quem foi o autor da criação do termo (nome) Neotrovismo?

O autor foi o Escritor Eno Teodoro Wanke no Teodoro Wanke (Ponta Grossa, 23 de junho de 1929 - Rio de Janeiro, 28 de maio de 2001) foi um engenheiro e poeta brasileiro. Formou-se em engenharia civil na Universidade Federal do Paraná. Autor do Livro “O Trovismo”, publicado em 1978. O Livro é um relato minucioso e, um verdadeiro ABC do Movimento, no período de 1950 a 1978. Trovismo seria o primeiro Movimento Poético-Literário Genuinamente Brasileiro. O Escritor Eno Teodoro Wanke foi laureado em inúmeros Concursos de Trovas e em Jogos Florais. É autor de mais de mil publicações, entre os quais os Livros "A Trova", "A Trova Popular", "A Trova Literária" e "O Trovismo". Sem dúvida, porém, nenhuma obra desse autor teve maior repercussão do que o soneto "Apelo", produzido em 1964 e certamente o poema brasileiro mais traduzido para línguas estrangeiras. A primeira tradução, que foi para o inglês, surgiu no mês de agosto de 1964, e publicada na revista literária "Ajax", de St. Louis, EUA. Traduziu-o o poeta norte-americano C. Victor Stahl.

Quem foi o autor do Movimento que deu origem ao Neotrovismo?

O Comendador, Historiador e Escritor, Clério José Borges de Sant Anna foi Acadêmico Fundador e o primeiro Presidente da Academia de Letras e Artes da Serra, ALEAS, da Cidade da Serra, na Grande Vitória ES. Foi o Fundador e primeiro Presidente do Clube dos Poetas Trovadores Capixabas, CTC, que em 18 de novembro de 2017 transformou-se na ACLAPTCTC. Foi Conselheiro Titular do Conselho Municipal de Cultura da Serra, CMCS, durante pouco mais de 14 anos e Conselheiro Titular da Câmara de Literatura, durante quatro anos do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Espírito Santo. Nasceu o bairro de Aribiri, no Município de Vila Velha, ES, a 15 de setembro de 1950. Filho do Estivador Manoel Cândido de Sant Anna e da Costureira, Lyra Borges de Sant Anna. Morador da Serra, ES, desde 1979 e Cidadão Serrano desde 1994. Senador da Cultura, pela Sociedade de Cultura Latina, SCL. Possui mais de 15 livros publicados e, pertence a várias Academias e Associações Literárias no Brasil e no Exterior. Em 01 de Julho de 1980, o Poeta Trovador Capixaba Clério José Borges de Sant Anna, nascido em Aribiri, Município de Vila Velha, ES, a 15 de Setembro de 1950, ao criar uma entidade cultural denominada de CTC, Clube dos Trovadores Capixabas, na Grande Vitória no Estado do Espírito Santo dá início a uma nova movimentação em torno da Trova no Brasil, que o historiador da Trova no Brasil, Escritor Eno Teodoro Wanke batizou em 1984 com o nome de Neotrovismo. NEO (Novo) TROVISMO, o mesmo Movimento Trovadoresco ou Trovismo, iniciado pelo Trovador Luiz Otávio com a publicação do Livro "Meus Irmãos, os Trovadores", lançado pela Editora Vecchi, em 1956, com 260 páginas, com mais de 2 mil trovas de mais de 600 autores de diversas cidades brasileiras, renovado por uma nova geração de Trovadores.

DESTAQUE DO MOVIMENTO

Contudo, um dos pontos de destaque que impulsionou o movimento à nível Nacional foi no dia 18 de junho de 1987, quando o Poeta Trovador Capixaba Clério José Borges participou no Estado do Rio de Janeiro do Programa de Televisão da TV Educativa, “Sem Censura”. Tendo o Neotrovismo surgido em 1984, três anos depois em 1987 já merecia destaque num programa de entrevistas à nível Nacional de uma Emissora de Televisão Brasileira. O programa foi exibido para todo o Brasil tendo como apresentadora a Jornalista Lúcia Leme. Sem Censura é um programa de entrevistas, exibido à nível Nacional, antes pela TV Educativa e atualmente pela TV Brasil, de segunda a sexta, às 16 horas (horário de Brasília).

O programa já foi apresentado com Lúcia Leme de 1986 a 1996; Leda Nagle, de 1996 a 2017, sendo que em 2017 foi apresentado por Vera Barroso. Junto com Clério José Borges participaram como entrevistados as pessoas de: Carlos Domingues (Gerente do Centro de Serviços Genealógicos); Carlos Alberto, ator; Letícia Garcia, Compositora; Felipe Abreu, Cantor; José Tadeu Carneiro Cardoso, conhecido como Mestre Camisa, Capoeirista; Marisa V. de Carvalho, Restauradora; Hélio Lates, do Fiu-Fiu Sport Clube; Caíque Ferreira, ator e Clério José Borges, professor.

A Equipe técnica do programa era composta, além de Lúcia Leme como apresentadora, de Kátia Chalita, professora; Maneco Muller, Jornalista; Eliana Monteiro, Jornalista; Mário Morel, Editor Geral; Maria Helena do Cicco e Milton Canuto, como produtores; Maria Barcellos e Rose Prado, como Assistentes de Produção; Angela Garambone, redatora; Ana Regina Abranches, repórter.

Em Carta datada de 21 de junho de 1987, o Escritor Raimundo Araújo, residente em Nilópolis, Rio de Janeiro, relatou o seguinte: “Distinto Trovador Prof. José, digo Clério José Borges desejo parabeniza-lo pela boa entrevista na TVE, do Rio, 18h30m, dia 18. Fraternalmente, Raimundo Araújo, 21.8.87.” O Jornal Beija Flor, do CTC, Clube dos Trovadores Capixabas publica a seguinte nota: “Dia 18 de Junho de 1987 – O Presidente do CTC, Clério José Borges se apresenta na TV Educativa do Rio de Janeiro no Programa Sem Censura, em Rede Nacional. É entrevistado por cerca de 30 minutos. Junto, no programa os atores de Televisão Carlos Alberto e Caíque Ferreira (da Novela Amor com Amor se Paga), da Rede Globo.”

O programa Sem Censura começou a ser exibido em 1985 pela antiga TVE, do Rio de Janeiro. É um programa de entrevistas, exibido à nível Nacional, antes pela TV Educativa e nos dias atuais pela TV Brasil, sempre exibido de segunda a sexta-feira, no período da tarde. O programa já foi apresentado com Lúcia Leme de 1986 a 1996; Leda Nagle, de 1996 a 2017, sendo depois de 2017, apresentado por Vera Barroso. No ano de 2024 estava sendo comandado pela apresentadora Cissa Guimarães. Beatriz Gentil Pinheiro Guimarães (Rio de Janeiro, 18 de abril de 1957), mais conhecida como Cissa Guimarães, é uma atriz e apresentadora brasileira.

DETALHES SOBRE A DEFINIÇÃO DA TROVA:

A Trova possui o seu conceito plenamente estabelecido:

_ poema de quatro versos setesilábicos com rima e sentido completo.

A Quadra é toda estrofe formada por quatro linhas de uma poesia.

Assim, não é verdade:

. que Quadra e Trova sejam a mesma coisa;

. que a Trova evoca mais os Trovadores da Provença Medieval;

. que a Quadra seja uma forma de se fazer poesia mais moderna.

A Quadra pode ser feita sem métrica e com versos brancos, sem rima.

Aí então será só uma quadra sem ser a Trova, que obrigatoriamente terá que ser metrificada.

A Trova deve obedecer as seguintes características:

1- Ser uma quadra. Ter quatro versos. Em poesia cada linha é denominada verso.

2- Cada verso deve ter sete sílabas poéticas, ou seja: versos em redondilhas maiores, septissílabos. As sílabas são contadas pelo som.

3- Ter sentido completo e independente. O autor da Trova deve colocar nos quatro versos toda a sua idéia.

A Trova difere dos versos da Literatura de Cordel, onde em quadras ou sextilhas o autor conta uma história que no final soma mais de cem versos.

4- Ter rima. A rima poderá ser do primeiro verso com o terceiro e o segundo com o quarto, no esquema ABAB, ou ainda, somente do segundo com o quarto, no esquema ABCB.

Existem Trovas também nos esquemas de rimas ABBA e AABB, não muito bem vistas pelos trovadores.