TROVAS DE CARITASOUZZA

Rabisco versos, nem sei,

se são poemas ou trovas,

vendo as regras, eu Cansei

das métricas sempre novas.

Numa trova é pouco o espaço,

e os sons, a ordenar a mão.

Nos versos que eu sempre faço,

quem escreve é o coração.

Para que ser perfumado

ou grifes pra aparecer?

se sincero e apaixonado,

o homem vale o seu viver.

Te vi, semeei a esperança,

sem imaginar que um dia,

colheria a desconfiança,

e o ciúme... que ironia.

Para você, versos de amor,

bonitos e apaixonados,

você me deixou na dor,

olhos em pranto banhados.

Natal, emoções rever,

se convida a partilhar,

pão, e a paz que receber,

e a tristeza transformar.

Fazer novo aniversário,

é motivo de alegria,

você nasceu é relicário,

Jesus fez bendito o dia.

É garantido por Lei,

termos o direito a vida,

como pode, isso eu não sei,

ter a vida interrompida?

Nascer, viver e morrer,

ciclos da vida contida,

o aborto erra não defender,

sempre um início de vida.

Ah! Se você soubesse,

a intensidade do meu amor,

não diria... a raiva cresce,

palavras de desamor.

Ser mãe é um dom divino,

De responsabilidade.

Ser avó é amor em hino,

Marcando a posteridade.

A noite fitando o céu,

vi uma mulher, na lua,

com flores e um branco véu,

e vi sua luz na rua.

A vida é uma grande escola,

onde se aprende a lição,

a melhor repasso agora:

ter Jesus no coração.

Estava escrito no céu,

comigo nada é ruim,

mas, o tempo com seu véu,

fez você fugir de mim.

Lugar de criança, é escola,

ditam as regras, eu sei,

se trabalha ou pede esmola,

é por descaso da Lei.

Um real compra um sorvete,

mil reais maior valor,

eu posso até dar banquete,

mas não compro o seu amor.

Numa briga de casal,

ninguém meterá a colher,

há Lei que combate o mal,

pune quem bate em mulher.

A juventude é uma imagem,

a velhice é ser criança,

a morte é só uma passagem,

e outra vida, uma esperança.

Sistema capitalista,

divide em classes sociais,

os pobres vão para a lista...

onde os direitos iguais?

Ceará terra da Luz,

de homem forte, bem valente,

o seu coração reluz,

planta do amor, a semente.

Por ganância e ambição,

o homem destrói a floresta,

socorro sem lentidão,

pela Flora que inda resta.

Rios repletos de dor,

deságuam tristes, no mar,

homens, ausentes de amor,

fingem sim, não escutar.

Chico Mendes, nosso herói,

dos rios e animais,

mas a maldade corrói,

faz sempre sofrer demais.

Condena-se os marginais,

soltos em prisões quaisquer,

já foram angelicais,

nasceram de uma mulher.

Ficar velinha eu queria,

rodeada de bisnetos,

nos meus dias alegria.

Minhas noites só de afetos.

Eu gosto de recordar,

esse gosto do seu beijo,

dá vontade de beijar,

até saciar meu desejo.

Não teve feliz história,

o nosso caso de amor,

ainda guardo na memória,

tantas lágrimas de dor.

Queria por um momento,

em teu coração, espaço,

falar de meu sentimento,

e te envolver num abraço.

Sinto de ti ciúme,

não me importo em dize-lo,

ciúme até do perfume

que tu pões no teu cabelo

Falar de amor sem rodeios,

em bela noite estrelada,

saudade se torna anseios,

mesmo sem ser requintada

Ser só, a alma desaprova,

ou a paixão desmedida.

eu fiz então, esta trova,

como uma lição de vida.

Vou pela vida cantando,

canções de dó e de pena,

assim eu vou me livrando,

dessa paixão que envenena.

É tarde, eu vou embora,

vou falar do amor ao mundo,

jogar a tristeza fora,

no oceano azul profundo.

Disseste: Deixo-te agora!

teu amor foi só utopia,

terei dias sem aurora,

pois minha alma está vazia.

Eu andei longo caminho,

procurando um grande amor,

que me ofertasse carinho,

e uma paixão com calor.

Na vida vago sozinha,

tenho minha alma em lamento,

essa tristeza é só minha,

não levada pelo vento.

Eu faço versos brincando,

a rima sorrindo aprova,

as palavras vão brilhando,

sempre que nasce uma trova.

Nós não sabemos a hora,

na qual iremos morrer.

Da alma, cuidemos agora,

pois, a vida é renascer.

Lágrima quando perdida,

parece não ter valor,

como pode nessa vida,

não chorarmos por amor?

O amor que sinto é tão forte,

não sei explicar porquê,

pois, não teme nem a morte,

continuará, por você.

Esse amor é jóia rara,

a ocupar o seu espaço,

distância que nos separa,

impede que exista abraço.