CONDE DRÁCULA
Eu deixei a Transilvânia
Vim em busca do meu bem,
Eu sou Conde na România
Imortal como ninguém...
O meu nome é Conde Drácula
Que outro dia lhe beijou
Fez-lhe amor, sem fazer mácula,
E depois se evaporou...
Foi dormir durante o dia
Foi sonhar com esse seu sangue
Que terá, sem fantasia,
Nas areias de algum mangue.
Ele ouviu o seu desejo
De dormir e de sonhar
Que algum nobre, com seu beijo,
Venha aqui lhe despertar...
...Desse sonho conturbado
De correr sem encontrar
Esse homem, seu amado,
Que se esconde em seu sonhar.
O meu nome é Conde Drácula
Que escutei seu sussurrar,
Foi fingindo ser um crápula
Que avancei na jugular.
E com grande maestria
Fiz um furo em seu pescoço
Fui sugando essa sangria
Com a volúpia de um bom moço.
Mas o Conde só queria
Arrancá-la do sofrer
Derramando essa alegria
Que ele sente ao lhe rever...
...Minha deusa, minha presa,
O meu dente está crescendo
Vai roçá-la com destreza
Vai mordê-la em seu pudendo...
...Fará isso com cuidado
Para ouvir o seu gemido
A pedir-me... Oh! Meu amado
Me possua ... Seu bandido!
...Eu sou tua, sempre fui
Vem meu Conde, me domina,
O meu sangue não reflui
Nem com a lua se amofina...
...Desabroche essa mulher
Que o amor vai encontrar
Faz de mim, o que quiser,
Mas amando o que restar...
...Seja seu, meu coração,
Ponha em mim o seu olhar
Venha aqui com a sua mão
Proteger-me desse mar...
... E por fim me leve embora
Para além do meu sonhar
Faz de mim uma penhora
Para nunca lhe faltar...