Pegadinhas da Lingua Portuguesa” é o título do Livro do Escritor João Bezerra de Castro - Ex Bancário aposentado que vive em Natal/Brasil.
Trata-se de uma colectânea de cem textos da Língua de todos nós, que usamos a Língua Portuguesa como ferramenta e fonte do nosso conhecimento literário, técnico e... tantas vezes científico,  nos quais  o Autor nos mostra erros e acertos largamente utilizados no nosso dia-a-dia.
- Subscrevemos aqui de público as palavras da Coordenadora Geral desta obra,  Marta Turra, segundo a qual se espera que o uso correcto (ou apenas correto) da Língua Portuguesa seja, sempre!,...  um instrumento de luta em prol da igualdade, justiça e solidaridade.
 -  A isto nós juntamos um outro voto não menos importante para o engrandecimento da Cultura Lusófona globalizada espalhada pelo mundo como um todo! E quer seja de Acordo ou sem acordo, que a língua seja utilizada de forma correcta com base nos princípios da moral e dos bons costumes,  muitos deles incorporados e apreendidos nestes muitos séculos de um passado que se perde na poeira do tempo telúrico.  Todavia cada autor deve ter direto reservado a escrever no seu próprio estilo e criação apreendidos desde a sua origem localizada haja vista de que o Português falado nas mais variadas regiões de cada País integrante dos PALOP jamais será unificado por um Decreto Presidencial de um qualquer governante que pretenda ser " o pai da criança... ou seja da Lingua".
Como o livro se encontra esgotado, (pode ser consultado apenas na entidade Sindical da Classe Bancária do Estado do Rio Grande do Norte/RN/Natal) nós  nos permitimos aqui, com a devida vênia ao Amigo João Bezerra de Castro, transcrever-vos algumas “pegadinhas” que eu costumo apelidar nos meus próprios escritos de “catramonzeladas literárias” ou...  quiçás!?,  elas são talvez mais conhecidas pelos verbetes de “calinadas académicas”... ou ainda simples firulas e/ou alegorias em forma de corruptelas aos termos em uso em frases mais populares nas conversas coloquiais menos formais.
​A meu ver é nisto que reside a riqueza de verbetes da nossa lingua comum.   

 
PREFIRO OUVIR A FALAR...
 
 O verbo preferir, como transitivo directo e indirecto, exige a preposição “a”. Assim, quem prefere, prefere uma coisa ou uma pessoa “a” outra, e não “que “ (ou “do que”) outra.
 
Exemplos:
·Prefiro um inimigo declarado a um falso amigo”  
·“As crianças preferem tomar leite a comer Quiabo”  
·“O Jovem preferiu morrer a trair o Amigo”
 
 Outrossim, nos mostra também o autor que,   é errôneo o emprego de preferir ao lado de termos modificadores e intensificadores, tais como : antes, em vez de, mais, muito mais, mil vezes, milhões de vezes, etc.
A razão disso está na etimologia.
-  Em “preferir” se encontra o elemento latino “pré-“ , que contém noção de preferência, anterioridade, excelência ou superioridade comparativa.
Exemplos:
·“O casal prefere sair a ficar em casa” ( e não “em vez de ficar em casa”)
·A Mulher moderna prefere trabalhar “a” depender do dinheiro do marido. (e não mil vezes trabalhar a depender do dinheiro do marido)
Enfim... por hoje me lembrei de vos trazer aqui esta crônica,  que é absolutamente destituída de qualquer objectivo didáctico e tão só mais um elemento “escrito” meu para desejar-vos um bom ano novo a todos!
A Língua Portuguesa é como a vida... “viver não custa!, custa é saber viver”!
www.silvinopotencio.net
Janeiro/2016    
  
 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 12/09/2014
Reeditado em 19/01/2016
Código do texto: T4959594
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