UM NOME PARA A NOVA AVENIDA

Sérgio Martins Pandolfo*

“Se Brasília é a cidade-avião, a Belém-Brasília é sua pista de pouso”. SerPan

A prefeitura municipal de Belém abriu há pouco, à circulação veicular, bela e moderna avenida (na verdade uma prolongação da antiga Av. 1º de Dezembro, atualmente Av. João Paulo II) que interliga as largas vias de tráfego, a Av. João Paulo II, antedita, e a Av. Almirante Barroso, passando ao lado do Complexo do Entroncamento, com o Portal Metrópole (em construção), acessando a BR-316, e que provisória e impropriamente está sendo chamada de Av. João Paulo II, posto que esta, como sabido, termina no cruzamento com a Dr. Freitas, desembocando em pequena rotunda (ou rotatória) que circunda discreta, mas airosa pracinha.

É meu desejo chamar a atenção dos vereadores de Belém para a possibilidade de se reparar, ainda que insatisfatoriamente, a imensa dívida de gratidão e reconhecimento de nosso povo para com um homem público que legou a esta terra obra das mais importantes e definitivas, responsável pelo atual avanço desenvolvimentista de nossa capital, dando à nova artéria o nome deste desbravador da Amazônia: Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Juscelino foi, sem ponta de dúvida, um dos maiores – se não o maior – Presidente desta Nação, que ele elevou a um patamar de desenvolvimento e ascensão social como nenhum outro houvera antes conseguido, incluindo-se, entre tantas obras de vulto, a criação de uma cidade inteira: Brasília, atual capital federal.

A construção da Belém-Brasília tem para nós, desta sempre deslembrada, mas altaneira “sentinela do Norte”, laivos de verdadeira epopeia amazônica, vincada pelo heroísmo, máxima determinação e rasgos de intensa emoção, sob o firme comando do “presidente que pôs o Brasil sobre rodas”, e se constituiu no verdadeiro elo de integração da Amazônia ao Brasil.

Quem conheceu o isolamento destas plagas antes de JK, Belém em especial, pode bem aquilatar o notável incremento que experimentou nossa cidade com a implantação da “rodovia de integração nacional”, coisa que a edilidade belenense por certo não desconhece nem contradiz. Pois bem: a Belém-Brasília está a completar este ano, juntamente com a capital federal Brasília, que ele também criou, seu primeiro cinquentenário. Grandes homenagens estão previstas oficialmente em Brasília e no Carnaval deste ano ambos, criador e criatura, serão cantados na passarela do sambódromo do Rio pela Beija Flor. Apoteose!

Creio que os parauaras estamos devendo ao presidente Kubitschek homenagem à altura dessa obra monumental que nos redimiu e ajuntou ao País. Nada se vê por aqui, no entanto, que rememore esse fato e expresse nosso preito de gratidão ao diamantino Nonô. Ligar seu honrado nome à nova avenida que, por (bom) sinal, permitirá acessar a Belém-Brasília que ele nos deu, já seria um alvissareiro começo.

Senhores vereadores, pensem, meditem e mãos à obra!

-------------------------------------------------------------------(*) Médico e Escritor - CRM: 1606

e-mail: serpan@amazon.com.br - sergio.serpan@gmail.com

www.sergiopandolfo.com

Sérgio Pandolfo
Enviado por Sérgio Pandolfo em 22/01/2010
Reeditado em 22/01/2010
Código do texto: T2044511
Classificação de conteúdo: seguro