Escândalos. Investigações vão além do caso envolvendo o mordomo do papa (abaixo), que foi preso

Vaticano.Para o `La Repubblica´, caso VatiLeaks teria devastado Bento XVI Corrupção e sexo motivaram renúncia do papa, diz jornal Porta-voz da Igreja afirma que textos são "fantasias, opiniões e invenções" Roma, Itália. Um relatório com cerca de 300 páginas sobre o escândalo de vazamento de informações do Vaticano, batizado de VatiLeaks, foi um dos motivos para a renúncia do papa Bento XVI, segundo o jornal italiano "La Repubblica". O texto, entregue ao pontífice em dezembro do ano passado, foi elaborado por três cardeais de confiança do papa e continha investigações que iam além do caso envolvendo seu mordomo. O conteúdo do relatório teria sido devastador, a ponto de levar à renúncia do pontífice. Ainda conforme o jornal, especula-se que os religiosos não tenham medido palavras para revelar casos de mau uso de dinheiro, disputas de poder, relações homossexuais e até um plano para revelar a homossexualidade do editor de uma publicação católica, tudo isso dentro da Cúria. Histórico. O jornal italiano remete ainda a um escândalo ocorrido em 2010, quando um assessor de Bento XVI foi afastado por causa de um escândalo sexual envolvendo prostituição, que abalou o Vaticano. Angelo Balducci, um dos Cavalheiros de Sua Santidade, uma espécie de assistente de elite para o papa quando recebe visitas importantes, foi flagrado pela polícia dando instruções a um interlocutor sobre detalhes físicos de homens que gostaria que fossem levados a ele.

Segundo a imprensa italiana, o interlocutor era Thomas Ehiem, 29, integrante do famoso coral do Vaticano, que também foi afastado. A polícia italiana havia grampeado o telefone de Balducci durante uma investigação de corrupção separada e não relacionada ao Vaticano. Os encontros sexuais, segundo o "La Repubblica", ocorriam em uma vila fora de Roma, em uma sauna, dentro de um centro estético, no próprio Vaticano, e em uma residência universitária.

Mordomo. Em outubro passado, a Corte do Vaticano condenou o ex-mordomo do papa, Paolo Gabriele, a um ano e seis meses de prisão após considerá-lo culpado pelo furto de documentos confidenciais da Igreja Católica. Gabriele disse que agiu exclusivamente motivado por um amor "visceral" pela Igreja e pelo papa.

Então. . . Uma guerra entre o que é certo e o que é errado, característica de uma sociedade polarizada, deixa para trás todo o resto. Os fiéis anseiam por mais. Eles querem todo o resto que existe para além do certo e do errado. A dignidade, a esperança que está sendo brutalizada pelo poder político e religioso.