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Polícia legislativa detém manifestantes contrários a Feliciano

Jovens penduraram bandeira LGBT no 15º andar do Congresso.
Eles prestaram depoimento e já foram liberados.

  A polícia legislativa na Câmara dos Deputados deteve quatro jovens nesta quarta-feira (24) que penduraram uma bandeira com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT, em uma janela no 15º andar da Câmara. Os jovens foram ao Congresso para participar de manifestações contra o deputado Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
De acordo com Jânio Rocha, chefe do policiamento do edifício principal da Câmara, a equipe dele foi acionada por servidores que viram os jovens no momento em que penduravam a bandeira. Os policias então recolheram a bandeira e determinaram que os quatro jovens os seguissem até a sede da polícia legislativa. Os manifestantes prestaram depoimento e já foram liberados.

  A presença do deputado Marco Feliciano na presidência da comissão é contestada devido a posições que ele assumiu publicamente e foram consideradas racistas e homofóbicas por grupos de ativistas sociais. Feliciano nega que seja racista ou homofóbico.
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Depois da ocorrência envolvendo os quatro jovens, a polícia legislativa decidiu não deixar demais manifestantes contrários ao deputado Feliciano entrarem na Câmara nesta tarde. Com a proibição, um grupo decidiu protestar contra Feliciano em um dos acessos da Casa. Na tarde desta quarta Feliciano preside a sessão da Comissão de Direitos Humanos.
Mais cedo, no gramado em frente ao Congresso, alguns manifestantes promoveram beijo gay como parte dos protestos contra Feliciano.

Feliciano

""Eu pedi que a polícia dessa Casa observasse o perfil das pessoas . Pelo perfil, se conhece, se tem segurança de que as pessoas que estarão na comissão, na audiência publica, vão participar de maneira ordeira. Por isso é que essas pessoas estão aqui", justificou Feliciano.
Feliciano também relatou durante a sessão que procurou os deputados que anunciaram na semana passada que irão pedir o afastamento da comissão para tentar demovê-los da decisão. Ele disse que só não tentou contato com a deputada Erika Kokay (PT-SP), que tem sido uma de suas mais duras opositoras no colegiado.
"É lamentável. Eu procurei o diálogo com cada um deles, mas eles dizem que são extremos. Eu sinto que há um desejo de desestabilizar a nossa comissão", destacou Feliciano.
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Mais protestos
Em meio à sessão, um homem que assistia aos debates foi retirado do recinto à força pelos seguranças do Legislativo 

"Aquilo ali é uma armação, não estavam deixando as pessoas entrarem. Cheguei na Câmara uma hora antes da sessão e quase não consegui entrar. Aquele grupo que estava levantando os cartazes do Feliciano já estava lá [no plenário]. Trabalho com direitos humanos há anos e nunca tinha visto uma situação tão esdrúxula", reclamou o manifestante.
Titular da Comissão de Direitos Humanos, o deputado Simplício Araújo (PPS-MA) criticou a maneira com que os seguranças da Casa agiram 
"Quem defende os direitos humanos não tem como ficar calado sobre a forma como esse rapaz foi retirado dali. Pegaram na boca do rapaz e o tiraram para fora. Eu vou à presidência da Casa fazer uma queixa com relação à forma que estão tratando as pessoas que estão buscando ali um espaço para apreciar o que está acontecendo ali dentro. Acho que foi muito truculento", enfatizou Araújo.
Durante toda a sessão, deputados que apóiam Feliciano  aliado do presidente da comissão, o deputado Pastor Eurico (PSB-PE) reclamou da decisão de integrantes do colegiado de deixar o órgão em protesto contra a presença de Feliciano.
"De repente, senhor presidente, parece que essa comissão de direitos humanos está cheia de incompetentes , sem responsabilidade, que não têm interesse na pauta de assuntos ligados aos direitos humanos", ironizou Pastor Eurico.

tratam os homossexuais como pessoas sem nenhum direito, sem nenhuma moral ,eles pagam os mesmos impostos, as mesmas multas e são punidos por seus atos da mesma maneira que todo cidadão, são agredidos e mortos por terem opção sexual diferente, direitos e deveres devem ser para todos

elaenesuzete
Enviado por elaenesuzete em 26/04/2013
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