AO MESTRE DE ASSIS (Releitura)
(dedicado à minha querida amiga Ana Karênina)
Ó Francisco, sou uma sombra enegrecida
pelo sol que me doou a cor de uma saudade.
E hoje, só peço uma licença à vida
para ter, do infinito, a tua claridade.
Ó Francisco, nas luas que contemplo
sinto teu cordão atado ao universo.
Ah, quem me dera mergulhar no teu exemplo
e derramar no mundo a beleza dos teus versos.
Ó Francisco, a quem Deus, um dia, ensinou
a doar a cada ser vivente seu incondicional amor
tuas sandálias ainda ouso procurar.
Na imensidão de minhas mágoas,
mesmo com os olhos rasos d'água,
eu tentarei com elas caminhar.
(D. A. reservados)