AO MESTRE DE ASSIS (Releitura)

(dedicado à minha querida amiga Ana Karênina)

Ó Francisco, sou uma sombra enegrecida

pelo sol que me doou a cor de uma saudade.

E hoje, só peço uma licença à vida

para ter, do infinito, a tua claridade.

Ó Francisco, nas luas que contemplo

sinto teu cordão atado ao universo.

Ah, quem me dera mergulhar no teu exemplo

e derramar no mundo a beleza dos teus versos.

Ó Francisco, a quem Deus, um dia, ensinou

a doar a cada ser vivente seu incondicional amor

tuas sandálias ainda ouso procurar.

Na imensidão de minhas mágoas,

mesmo com os olhos rasos d'água,

eu tentarei com elas caminhar.

(D. A. reservados)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 29/07/2006
Reeditado em 26/12/2010
Código do texto: T204977
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