O sujeito, abalado, procura um pouso na terra do lixo e de ninguém. Encolhe-se no primeiro de nenhum canto e boceja a dor da solidão. A fome, sua única companhia sai à procura de sobras naquele nauseabundo lixo entornado. Depara-se com a ausência de tudo. Cambaleia, teme agora, a presença do pouco, o que a fome não lhe perdoa. Retorna ao canto que não é canto e assenta seus ossos no descaso do destino.







heleida nobrega
Enviado por heleida nobrega em 07/07/2010
Reeditado em 07/07/2010
Código do texto: T2363852
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