À MOÇA LOIRA  
             (Homenagem à Andréia Sellane)

 (Monitora de Psicopatologia Clínica da PUC – Goiás)
 
A nívea face de mulher retrata a menina-moça
Na moldura formosa de dourados cabelos lisos
Deuses elevam em turíbulos feitos de rara louça
Risos fugazes em lábios lilases de tons precisos,
É quando a lua enciumada se despenca na poça!
Iludindo-se em atravessar a cena da moça bela...
Adornando a estrada em reflexo pálido de aquarela!
 
O semblante de princesa, os trejeitos de menina,
Linda, leve, vaporosa no modo meigo de falar...
Induz os olhares a buscarem em preciosa mina
Valoroso diamante que só reluz em seu olhar!
E as estrelas derramam lágrimas de loucura...
Invejando a claridade daquela que a todos ofusca
Reina, pois, em todo o Universo a intensa procura
A se espelhar em tal imagem... Tantálica busca!
 
Da senhora, dona de toda serenidade...
O inimitável ser que reluz em claridade!
 
Cada astro do céu se finda, vai se abismando,
A rodopiar em giros, movimentos que não param!
Resgate impossível! Que os céus estão clamando:
Manda esta musa unir céus e terras que se separam!
Os trovões celestes, a estes clamores, anunciaram!
 
São versos em doses de vinho que embriagam...
E a todos levam ao delírio, esta musa do amor...
Levem estas taças de poesias e outras taças tragam,
Levem aos quatro cantos do mundo estas pétalas de flor
Ah!... Esta jovem, linda e de leves cabelos em novelos
Na face rubra flocada de níveas neves a envolvê-los...
Eis a fonte poética em que me perco a entretê-los!

  
 
 
 
Goiânia-GO, 28 de agosto de 2010.
SIRLEY VIEIRA ALVES