Fingindo ser poetisa

São tantos conceitos, tanta visão

O que pra eu será?

Vida, arte, imaginação...

São almas que falam, expressam

São olhos que lêem calando

É o meu ego que sente pensando

Sentindo emoção...

Mais que olhos que lêem linhas

Mais que rimas perfeitas...

É o nosso coração simples, imperfeito

São pensamentos conscientes

Línguas inconseqüentes

Palavras obscuras, viciosas

Sem espaço, nem hora

Sem verso, converso

Comigo mesma

Com composição, sem enredo

É a inspiração que fala sem medo

Pé no chão, sem chão

É a nossa mente que capta mil sensações

Faz a imaginação voar, viajar

Estudar-se, entender-se

São meus temas, minhas loucuras, meus lemas

Em momento de sincronia...

Felicidade ou agonia?

É o expressar profundamente

Incoerente, impressionante

É a minha concepção insinuante

Que liberta-se ansiosa, e que faz

De uma agitação frenética

Uma alma em momento singular

Da sombra de uma contingência pensante

O despertar do sentimento errante

Uma invenção que procura entender

A materialização do nada saber

Fabiana Alcântara
Enviado por Fabiana Alcântara em 12/10/2006
Reeditado em 01/02/2007
Código do texto: T262316