Rio de Janeiro

Rio de águas turvas, amargas e sangrentas, cujas margens

indevidamente habitadas pelas vítimas de uma sociedade

opulenta, mesquinha e desumana, onde degladiam-se e matam

destruindo vidas, sonhos e esperanças. E como

estorvo de uma elite insensível e excludente

Jovens, crianças, homens e mulheres, marginalizados, sem

a devida atenção do poder público, analfabetos, sem

nome e sem teto. Sua faculdade é a favela, seu estágio é no crime

e varrendo a sujeira para debaixo do tapete, numa atitude

inusitada, milícias unificam forças para juntas

restaurarem a paz de uma cidade maravilhosa, ora vejam! As

olimpíadas e copa do mundo estão às portas.

Percílio de Aquino
Enviado por Percílio de Aquino em 30/11/2010
Reeditado em 10/12/2010
Código do texto: T2645871
Classificação de conteúdo: seguro