POETA CAMALEÃO

Sou poeta camaleão

Sou cantor,

Mudo de cor,

Mudo de tom,

Tom , foi meu mestre

Mais quando falo do sertão agreste

Lembro, de outro mestre

Na sede de vencer

Nessa saga

Lembro de Luiz Gonzaga

Rei do baião

Cantou o amor, a dor a paixão

E retratou bem a vida do sertão

Sertão, de muita gente

Gente como a gente

Que sonha, que chora, que ri, que ama

Que sofre, que sente

A tarde cair, o sol se esconder

A lua se despir, o céu escurecer

Faz tanto tempo, que não chove

Nas bandas de lá!..

Mais rezo uma prece, já que tudo acontece

Que não caia só chuva, mais que possa cair

Homens do céu, que façam alguma coisa

Pelo Brasil

Brasil de Jorge Amado, de Villa Lobos

De Caetano Veloso

De homens que fizeram

E continuam fazendo

Levando poesia, a música

Enfim

O amor…

FLÁVIO PORTO
Enviado por FLÁVIO PORTO em 30/11/2006
Código do texto: T305619