OS MESMOS OBJETOS DIFERENTES

O S M E S M O S O B J E T O S D I F E R E N T E S

Escrevend'O sobre os mesmos objetos,

várias pessoa'S os descrevem com diferentes definições.

Para alguns indivíduos ne'M mesmo objetos são.

Ao término da descrição, na l'Eitura, verifica-se...

“Afirmo que não é preto, es'Se livro, é vermelho.”

“É verdade, ele não é preto. 'Mas também não é vermelho”.

"Claro que a Bíblia é preta, pess'Oal, ei-la batendo asas,

ou vocês vêem-na em core'S berrantes?”

"Não, a Bíblia não é preta; e ist'O é um dicionário”.

"Gente, eu acho muito 'Boba esta discussão."

No fundo da sala: “Por que, meu 'Jovem rapaz?”

"Porque daqui onde eu 'Estou não dá para ver nada,

por causa do sol, 'Tudo brilha feito farol,

não dá nem para n'Otar o que é,

muito meno'S de que cor que é cada objeto.”

“Porque é uma frigi'Deira areada e reluzente.”

Outro af'Irma: não há objeto algum para ser visto.

Pior foi aquele que pro'Feriu ver um hipopótamo azul.

Porque nunca dá para t'Er certeza do que a gente está vendo,

pode-se inferi'R que está vendo metal, bananas ou ouro...

Quem sabe s'E não é um monte de titica?

A realidade é uma bagu'Nça, pois cada individuo é único,

vê o que acha que es'Tá vendo, dentro da sua concepção,

e não aquilo qu'E realmente está para ser visto.

Todos se entreolharam, 'Só restava sorrir.

(abril /2003)

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 19/07/2011
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