Felícia

Fala-me de ti, que a tua voz seja a cavatina

Entoando a elegia por um momento sequer,

Lembrar-me-ia da tua face de virgem menina,

Iludida em lábios lívidos de uma jovem mulher

Cantaria senão um cântico de romantismo,

Iluminando as trevas reféns do pessimismo,

A cada nota embriagada em santo lirismo!...

Foi uma ilusão querer-te ver santa na lucidez

Embriagar-se na centelha de uma paixão

Lívida como a morte em sua lânguida palidez

Iluminando as arestas de uma infame solidão

Cantaria senão uma trova póstuma da Galícia

Imergido nos cumes altos da longínqua Fenícia

Adorando-te em versos minha imortal Felícia

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 17/03/2012
Código do texto: T3559000
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