Homenagem ao Dia do Trabalhador (2012)

Honra, dignidade e trabalho são direitos de todo o homem

O homem possui a livre escolha de emprego

Merece condições justas e favoráveis de trabalho

Ele necessita de proteção contra o desemprego

Não se deve permitir qualquer distinção

A igual remuneração por um trabalho igual tem direito

Garantia de uma remuneração satisfatória é o seu direito

Existência compatível com a dignidade humana necessita o trabalhador

Maiores cuidados para a sua família necessita também o homem

A todo o homem é dado o direito de organizar sindicatos

O direito a proteção de seus interesses possui o homem

Destinações sociais só podem fundamentar na utilidade comum

Iguais em direitos e livres nascem os homens

Alguns direitos são liberdade, segurança e resistência a opressão

Do não prejudicar o próximo consiste a liberdade

Os direitos naturais de cada homem começam onde termina o do outro

Tem a lei o poder de determinar estes limites

Repudia a lei qualquer ação de constrangimento ao cidadão

Ao cidadão é resguardado o emprego público por seus méritos

Baseado na lei não se pode ser preso e acusado sem sua determinação

Até que seja declarado culpado todo homem é inocente

Livres somos a manifestar opiniões que não afetem a ordem pública

Habilidosamente repartido deve ser a contribuição comum

A sociedade tem o direito de pedir contas da administração pública

Direito de propriedade é sagrado e inviolável

O cidadão só perde o direito proprietário por necessidade pública

Restituição prévia deve possuir o homem em caso dessa perda

Queridos leitores do recanto, resolvi fazer uma junção da Declaração Universal dos Direitos do Homem encontrada em minha carteira de trabalho e dos Direitos Humanos pesquisada na internet para formar este acróstico, espero que apreciem um abraço e felicidades...

Cidadão

Zé Ramalho

Tá vendo aquele edifício moço

Ajudei a levantar

Foi um tempo de aflição, era quatro condução

Duas pra ir, duas pra voltar

Hoje depois dele pronto

Olho pra cima e fico tonto

Mas me vem um cidadão

E me diz desconfiado

"Tu tá aí admirado ou tá querendo roubar"

Meu domingo tá perdido, vou pra casa entristecido

Dá vontade de beber

E pra aumentar meu tédio

Eu nem posso olhar pro prédio que eu ajudei a fazer

Tá vendo aquele colégio moço

Eu também trabalhei lá

Lá eu quase me arrebento

Fiz a massa, pus cimento, ajudei a rebocar

Minha filha inocente veio pra mim toda contente

"Pai vou me matricular"

Mas me diz um cidadão:

"Criança de pé no chão aqui não pode estudar"

Essa dor doeu mais forte

Porque que é qu'eu deixei o norte

Eu me pus a me dizer

Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava

Tinha direito a colher

Tá vendo aquela igreja moço, onde o padre diz amém

Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo

Lá eu trabalhei também

Lá foi que valeu a pena, tem quermesse, tem novena

E o padre me deixa entrar

Foi lá que Cristo me disse:

"Rapaz deixe de tolice, não se deixe amedrontar

Fui eu quem criou a terra

Enchi o rio, fiz a serra, não deixei nada faltar

Hoje o homem criou asas e na maioria das casas

Eu também não posso entrar"

Composição: Lúcio Barbosa

Fábio Brandão
Enviado por Fábio Brandão em 23/04/2012
Reeditado em 13/08/2012
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