P aula, preciso falar contigo.
A gora não dá, pois estou saindo.
P oxa! Meu pai vai me deixar de castigo.
O xente! Um marmanjo desses! Tá curtindo?
 

N ada! Aqui a criação é tradicional pra gente.
O que você deseja? Revele rápido, Augusto José!
 

C omprei um celular no cartão de dependente.
E daí? Parece maluco conversando igual a um mané!
L oirinha,  papai proibiu. Assim ele ficará descontente.
U ma coisa, Zé... Qual o objetivo dessa tremenda bobagem?
L i que o meu era velho, apenas desejei um mais decente.
A penas? Somente falta a maionese, você já curtiu uma viagem.
R idículo demais! Você sempre inventa uma enorme sacanagem.
 
C onversa com sua mãezinha para me emprestar uma grana.
O jeito é você conversar, fofinho! O problema pouco me interessa.
M enina, estou observando esse seu vestido, achei muito bacana.
 
P rometo tentar convencer mainha! Mas já expliquei, agora tenho pressa.
A s pessoas andam espalhando que nós somos namorados, princesa.
U m absurdo! Isso porque os nossos muros formam um, colado. Bobocas!
L indona, admito que toda essa boataria deixou minha vontade acesa.
A proveite a tarde, garoto mala, porém não fique entusiasmado com fofocas.











Dois jovens que moram em casas que são separadas pelo mesmo muro conversam.
É possível um visualizar o outro, mas resolvem usar o celular para desenvolver uma conversa completamente inútil.
Isso é um absurdo?
Tais conversas não ocorrem na vida real?
Eu nunca desenvolvo esses diálogos inteligentes, pois não possuo celular.
 
Confiram o texto “Papo no Celular”!

http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/3645015
 
Um abraço!
 


Ilmar
Enviado por Ilmar em 31/10/2012
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