D iz a pesquisa que Dilma caiu
I ncrível perda de popularidade
L endo a notícia ela nada sorriu
M uito triste soube da novidade
A juventude quer ser respeitada   
 
C onsiderou o aumento indecente
A bsurdo deixou a galera revoltada
I ndignada exigiu a anulação urgente
U nida cobra uma educação excelente  
 

 



* Após escrever alguns artigos falando sobre as manifestações, volto a ressaltar o assunto através de um acróstico destacando a perda de popularidade da presidenta Dilma indicada por uma pesquisa que o Datafolha divulgou ontem.
 
A esperada desaprovação de Dilma não me alegra,
Refletindo sobre os últimos acontecimentos, fiquei pouco otimista.
 
* Alguns fatores prejudicaram uma oportunidade preciosa.
Em 20 de junho, quinta-feira, os protestos alcançaram o clímax.
Os dias seguintes recomendavam ações decisivas que abalariam toda a estrutura que motivou a fantástica indignação popular.
 
Na sexta-feira, 21 de junho, o MPL anunciou que estava cessando as passeatas, pois tiveram o aumento de vinte centavos anulado.
Foi o primeiro grande golpe contra as manifestações.
Se os patifes não tivessem recuado, os protestos “incendiariam” o país.
 
Na segunda, representantes desse grupo conversaram com Dilma.
No mesmo dia a presidenta desviou todo o problema para a discussão de realizar um plebiscito objetivando uma reforma política.

O clamor popular cobra a melhoria imediata dos serviços públicos.
O acróstico acima cita a necessidade de uma educação excelente.
Precisamos também de saúde, moradia, transporte, segurança e todos os benefícios os quais, até hoje, nunca desfrutamos com qualidade.
Conforme gritam os jovens, queremos isso imediatamente.
 
Dilma resolveu mascarar a questão com uma discussão secundária que parece pura enrolação.
 
* Além disso, assistimos estupefatos a UNE (que não participou dos protestos iniciais) conversando com Renan Calheiros.
O MPL, os traidores do Passe Livre, aparecem agora falando bobagens como se representassem os jovens.
 
Nos estados, as manifestações continuam ocorrendo, mas está faltando um eco coletivo.
Por exemplo. Minas Gerais protesta hoje, o Rio amanhã, um grupo de outro estado depois.
 
Na quinta citada, as manifestações expressavam uma força coletiva arrasadora e revolucionária.
Aquele clima o qual não poderia cessar infelizmente sumiu.
 
* As atitudes de vandalismo ganharam um destaque maior do que as manifestações.
Querem que os manifestantes avancem pacatos, sem qualquer reação, pacíficos e bonitinhos.
Todos devem seguir a Chapeuzinho Vermelho na floresta encantada.
 
Os vândalos viraram uma espécie de lobo mau.
Não interessam mais as manifestações.
Só interessa se há vândalos, se quebraram algo, se a polícia os prendeu.
 
Vamos lá, galera!
Oba! Vamos fazer uma pausa para ver o Brasil jogar.
O Brasil ganhou!
Viva!
Somos brasileiros com muito orgulho!
 
Argh!
Que nojo!
 
* Se os fatos prosseguirem assim, logo as manifestações acabarão e os vândalos desaparecerão.
Continuaremos sendo assaltados, seqüestradoss e assassinados.
Os vândalos sumirão, porém a insegurança permanecerá.

 
Até outubro o inútil plebiscito ocorrerá.
 
Enfim, esse instante tão especial corre o risco de perder todo o gás.
 
“Não!”
“Ilmar, não será assim!”
“Você está sendo bastante pessimista!”
 
Tomara que eu esteja errado!
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 30/06/2013
Reeditado em 30/06/2013
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