Prisioneiros do presente, amantes eternos (Galvino Duarte - 1ª letra de cada estrofe)

Guerras, lutas e batalhas

perdas, derrotas e vitórias

obstáculos a serem vencidos

na vida nem tudo são glórias

um agravante é o tempo

o presente é só um momento

o resto é futuro ou memórias.

As memórias são resquícios do passado

lugar onde jamais conseguiremos voltar

aquilo que se passou não tem mais volta

o futuro será sempre futuro, nunca vai chegar

assim, somos como espécies de ponteiros

do presente somos eternos prisioneiros

presos numa fração do tempo, à derivar.

Limitados, somos nós, pelo tempo

a cada instante uma decisão

as possibilidades são infinitas

mas o tempo é uma fração

nem sempre nós acertamos

mas é quando nós erramos

que devemos aprender a lição.

Vivemos num mundo cruel

derrotas são inevitáveis

continue firme e persevere

valores não são descartáveis

com retidão e persistência

razão em vez de violência

terás vitórias memoráveis.

Inimigos sempre existirão

nossa luta é constante

escrevemos nossa história

no presente, a cada instante

deveríamos usar só a razão

mas tem a tal da emoção

que também é uma variante.

No quesito emocional

reside nossa maior fraqueza

dependendo da emoção

as escolhas não têm firmeza

pois deixamos de ser racionais

passamos a ser apenas animais

aumentando a incerteza.

O que seria da vida, porém

se não fossem as emoções

nós não teríamos o amor

nem tampouco as paixões

aquele aperto no peito

a saudade daquele jeito

derrubam quaisquer razões.

De nada adiantaria viver

se não pudéssemos nos apaixonar

sentir na pele o amor

o toque, o calafrio, o arrepiar

se a vida é apenas um instante

e ainda que eu erre bastante

jamais deixarei de amar.

Uma fração de segundo

é tudo que somos, que vivemos

então vamos aproveitar

eternamente nos amemos

a eternidade só existe

quando a gente não desiste

dos sentimentos que temos.

Acredite, a vida é curta

tudo muda rapidamente

a única certeza que temos

está apenas no presente

o futuro, só se pode planejar,

ainda assim não podemos afirmar

já que não depende só da gente.

Remamos contra a maré

sem farol, sem um mirante

a vida só vale à pena

se vivermos o instante

se o amor for verdadeiro

nos entreguemos por inteiro

amar é o mais importante.

Temos o direito de escolha

e podemos ser felizes,

se a vida passa num instante

e não permite deslizes,

deixemos de lado o rancor

então amemos e no amor

não sejamos atores ou atrizes.

Embora eu tenha a certeza

que na vida eu só passarei,

e o que ficará na história

foi como eu me comportei,

então afirmo, sem medo de errar

mesmo quando tudo terminar

ainda assim eu te amarei.

Galvino Duarte
Enviado por Galvino Duarte em 10/09/2013
Reeditado em 07/07/2014
Código do texto: T4475182
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