M anhãs sem você são noites sem Lua,

E mbora melhor a saudade do que a ignorância,

N ão consigo conviver com esta doída ausência.

T alvez se essa brisa quente me trouxesse seu perfume...

I maculada mulher, agoniza em mim tua imagem nua

R efulgi em chama fria o desejo de tua fragrância

A ssim prefiro morrer a sofrer desta querência

S ofrendo fatigado na saudade que me sorri do alto cume


S ofro, mas a vida vai subindo a rua

I ncólume, jocosa, de mãos dadas à ignorância

N ão lembro ao certo o sabor de tua presença

C onfino-me do lado de fora, como de costume.

E x amor, procuro na memória uma imagem tua

R estos de um passado sem importância

A ssim desejo viver a sofrer tua existência

S ozinho e acompanhado até que outra vida desarrume.