Coração Versus Razão

Contesta o coração enfurecido
As regras que a razão lhe lança em rosto.
Mais ela avisa, mais o pervertido
Ignora o aviso sem sentir desgosto.
Levado por seu sonho e embevecido
A taça ergue rindo e sorve o mosto.
 
Como evitar o doce e eterno vício
A droga que assola a raça humana?
Lutar contra o amor é desperdício!
Deus inventou o amor e sua fama!
E eu tão dependente e sem ofício
Inventaria apagar a chama?
Renego as regras, são um estrupício,
Atendo ao feitiço. O amor reclama!
 
Bebendo a taça, meus sonhos alteiam
Além da massa, do espaço e tempo.
Rompo os grilhões que os meus sonhos peiam.
Reservo-me o direito de amar!
Ouço meus sinos, como estão tocando!
Se não me explodo, poso até voar!
 
Manhuaçu(MG), 07 de abril de 2.014, às 18:40