CONTOS REFLEXIVOS DO ANDARILHO. O ARCANJO GUARDADOR

Segue o andarilho por dimensões paralelas em sistemas de reconexão. O padrão de pensamento e guiado por vibrações cósmicas flutuantes. Difícil fixar o pensamento devido ao grande número de frequências que uma mente que atingiu certo grau evolutivo consegue se conectar.

Mas a duvida e a incerteza e que faz com que o viajante continue em sua jornada, as emoções sempre estão à flor da pele. Sob ação do pensamento divino através de ondas guiadas pela luz superior do centro galáctico.

O andarilho para e sente seu pensamento se cruzar com outros módulos pensantes que vibram na mesma frequência.

De repente uma voz se ecoa no éter.

Pare, coloque as mãos sobre a cabeça e ande de costas em minha direção.

O andarilho gela o sangue que corre em suas veias, o tom de voz e enérgico.

A voz da o comando.

Vire se devagar.

Vagarosamente o andarilho se vira e vê a sua frente um policial, ele andava tão focado em seus pensamentos que nem percebeu a aproximação da viatura.

Ele olha para o lado e percebe a presença de outro policial.

O andarilho recebe uma busca pessoal, e em seguida lhe pedem os seus documentos.

Um deles anuncia.

Cidadão esta e uma abordagem de rotina, retire esses objetos que se encontram dentro do saco.

Apos a busca e a verificação dos pertences do andarilho, e iniciada a entrevista que e de praxe.

De onde vem, tem alguma passagem pela policia.

Os minutos vão se passando e o andarilho sente se mais seguro, os batimentos cardíacos voltam ao normal.

O policial fala ao andarilho.

Cidadão este e um procedimento de rotina.

O andarilho agora em tom bem mais calmo responde. Sim já passei por isso varias vezes, pois todos olham os seres que vagam sob a ótica do medo, pois quem olha para um mendigo, um catador de papel, um engraxate, e outras pessoas em situações semelhantes imaginam um ladrão em potencial.

O representante do estado diz ao andarilho. Meu caro tudo que foge ao padrão social representa uma ameaça, mas nos fazemos apenas o nosso papel, nosso serviço não e julgar ou muito menos condenar a ninguém, fazemos o que e dever de oficio.

Sei que alguns se sentem violados em seus direitos, mas nem deus agradou a todos, e quem somos nos para questionar o certo ou o errado.

O povo cultiva a cultura do medo. O medo que gera a submissão e a subserviência, todos são reféns em potencial da violência, nem mesmo nos estamos isentos das mentes perversas e doentias. E aqueles que vivem criticando nosso serviço e por que nunca foram vitimas, mas quando sentem na pele passam a nos enxergar com outra ótica.

A conversa vai fluindo, a sintonia parece perfeita.

Naquele momento o universo interage, e o viajante e o vigia.

O andarilho se expressa na clareza da luz ao anjo guardador.

Caro amigo transmuto em dimensões fracionadas por todo cosmo. E minha missão e ouvir e passar as histórias de vida que ouço de um lugar a outro para mudanças de pensamento.

O policial parece entender perfeitamente a missão do andarilho. Agora os dois seres emitem uma luz que transcende todo o pluriverso.

São duas ferramentas do criador que se encontram de forma inusitada Fechando mais um ciclo de conhecimento.

Ai quem faz a pergunta e o andarilho. Policial qual e tua missão.

O policial com a alma de joelhos e feixes de luz saindo de seus labios diz ao viajante do cosmo.

Caro amigo. Somos a luz em meio às trevas, damos nossa vida sem pedir nada em troca.

Passamos noites inteiras velando por estranhos que nem sequer sabem que estamos ali, nem nossos nomes, nossa falange tem um nome comum a todos. Enfrentamos todas as intempéries que a natureza pode oferecer. Sob sol ou chuva, no frio da madrugada estamos sempre prontos a servir.

Em uma solidão encapsulada no fundo da alma. Socorrendo aos seres que são sucumbidos pelo medo, e pelo terror imposto pelas almas negras que assombram e torturam seres indefesos. Não temos nem direito de sentir medo, temos que entrar a noite em lotes baldios, casas abandonadas.

Andamos por rumos incertos, deparando ao acaso com aqueles que praticam o mal por puro prazer, e que ficam a vagar por dias inteiros e por madrugadas eternas em busca de uma vitima indefesa, para disseminar sua maldade.

Faço por amor, por muitas vezes me esqueço de que também sinto dor.

Sou anjo guardador, me chamam de policial.

Empunho a espada da justiça.

Ilumino as trevas da injustiça.

Sou o amor.

Sou a dor.

Sou o lenço que enxuga a lagrima que cai do olho do inocente.

Sou a justiça.

Sou a paz.

Convivo com a dor. Com o sofrimento alheio, servindo de esponja, absorvendo e vivendo o caos.

Não tem como não se envolver com os problemas alheios, tudo faz parte do meu ser.

Vivo interagindo com os seres da mais baixa frequência espiritual, sou o regulador da luz. Lidamos com o desamor pela própria vida, de indivíduos que sucumbem diante das forças do mal.

Guardo a vida de velhos abandonados perdidos na madrugada do tempo eterno.

Zelo pelas viúvas. Que aflitas vivem o medo e a solidão.

Socorro mães que pagam pelos erros dos filhos.

Protejo meu povo de torcidas desorganizadas, que levam pânico e o medo as mentes e corpos enfraquecidas pela insegurança.

Caro andarilho eu vejo os olhos dos pais que escondem seus filhos debaixo das pernas, quando a turba enlouquecida se aproxima gritando, subindo em cima dos ônibus, fazendo arrastões.

Eles são muitos,

Nos. Vamos com o que temos, mas cumprimos nossa missão mesmo com o risco de nossa própria vida.

Somos guerreiros que transcendem a luz.

Levamos esta luz às trevas do desespero. Sou a Fé dos desamparados, sou o ombro dos que choram desolados pela solidão e pela fraqueza espiritual que lhes foi roubada pelo medo.

Ate os que não confiam em mim, um dia ligam pedindo socorro em meio à madrugada, e La vou eu sem mágoa e sem rancor, não pergunto quem estou ajudando, pois faço com o amor de um pai, de um irmão ou de um filho.

Já nasci com a missão, fui preparado pelo exercito do criador, treinado pelos gladiadores da luz, que transcendem o tempo na velocidade do pensamento, levando a justiça e a esperança por toda imensidão cósmica.

Não tenho a certeza do amanhã.

A certeza que tenho e a do ontem, quando saio da minha casa não sei se volto, mas não tenho o temor da saída, e nem a certeza da volta.

Meu objetivo e cumprir minha missão, mesmo que não saiba qual vai ser.

O que e certo e que quando chegar a hora de entrar de serviço estarei La. Cansado, molhado, com sono, não importa o problema que esteja passando.

E quem me julga e o criador, pois a lei do homem e falha.

E se erro foi tentando acertar, pois maldade no coração não tinha, não planejei o confronto, só não fugi dele.

O andarilho a tudo ouve sem se manifestar. Pois também e conectado direto com a luz e sempre seguiu as leis do universo.

Em seguida o andarilho retoma sua conversa com o policial.

Caro amigo, a tendência natural do ser e evoluir sempre, mas o universo interage por mecanismos próprios. O girar das engrenagens divinas produzem uma ação, na qual todo ser que se move vai ter um tipo de reação.

Uma dessas reações e a dor, ela serve para despertar o ser, para que ele evite a continuação do erro, onde o remédio será dado conforme a doença.

O policial que entende muito bem o que o andarilho quer dizer lhe responde.

Caro andarilho nossa engrenagem e muito pequena, mas cumpre sua função, que será de deixar a maquina sempre em movimento, e o remédio e sempre dado na dose certa, porem existem doenças crônicas que nem o medico das almas consegue mais tratar, pois a mudança deve partir do ser e não do criador.

E o peso da espada sagrada se multiplica conforme a distancia que separa a luz da escuridão, pois somos a luz em meio às trevas.

O andarilho olha em direção ao arcanjo guardador e lhe fala.

Caro amigo somos seres mutantes, tudo serve de aprendizado, mesmo que não saibamos o porquê devemos aceitar os desígnios do nosso destino, devemos aprender a administrar o peso imposto na carga existencial.

O arcanjo guardador olha dentro dos olhos do andarilho e lhe fala.

Amigo tem coisas que estão escondidas dos nossos olhos, mas elas estão La, basta mudar o angulo da visão que a imagem vai aparecer.

Pois aquele que rouba para matar a fome dos filhos recebera um castigo suportável, sem nem um tipo de suplicio, mas, aquele que rouba por vaidade e ostentação, pagará com a lagrima de suas mães.

Pois aquele que faz o mal não se da conta do erro que comete, mas quando vem à cobrança são os olhos de suas mães que a tudo vêem sem poder fazer nada e que choram.

O andarilho a tudo ouve, e entende que o universo precisa do controle sobre o mal, e que a falange de espíritos da verdade a tudo vigia.

As escadas de ligação que unem todo o pluriverso tem como corrimão o sentimento de justiça.

Essa justiça vem do progresso moral, guiado por leis naturais, que pode ser alterado por paixões que criam uma falsa visão, e no caminho ha uma ponte que se cruza.

A ponte que divide a lei humana da lei natural, regida pelo tribunal da consciência, baseado no código do livro arbítrio. Onde se julga o que se fez como se fez e por que o fizeste.

E Art. 1º desse código e.

Queira cada um para o outro o que queira para si mesmo, para se ver respeitados os seus direitos.

Assim sendo devemos respeitar os direitos dos nossos semelhantes. Pois represálias causam perturbações de forma sistêmica, não atingindo só o autor, mas também seus semelhantes.

Os direitos naturais são as leis do universo, todos são iguais aos olhos do criador. Os direitos do homem perecem junto com suas instituições.

E assim a vida segue cada um para um lado, mas o caminho e comum e a direção e a mesma, pois os caminhos do bem se entrelaçam por todo o pluriverso, por mais curvas que se façam o ponto de encontro ou reencontro e traçado previamente no mapa do reino da luz, pelo arquiteto do universo.

O andarilho sente se feliz, pois a cada nova historia parece reencontrar seres que já passaram por sua vida, por isso que ele sempre sente o elo de ligação que transcende a carne.

São os companheiros de caminhada que o destino reagrupa para renovação das esperanças e Fe, que os seres necessitam para continuarem acreditando em seus objetivos.

Feliz e sentindo fome o andarilho segue como uma pessoa comum, imaginando o que vem pela frente em sua caminhada em direção à luz.

Paulo César de Castro Gomes.

Graduado em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira Goiânia, pós-graduado em docência universitária superior pela Universidade Salgado de Oliveira Goiânia, pós graduando em Criminologia e Segurança Publica pela Universidade Federal de Goiás. (email. paulo44g@hotmail.com)

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paulocastro
Enviado por paulocastro em 01/04/2016
Código do texto: T5592053
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