Pablo Neruda

P artistes, agora não há mar para apreciar.

A plaudi cada palavra tua nesta imensidão.

B om seria, se eles criassem vida novamente.

L ágrimas se tornaram nossos olhos, sem poesia.

O céu hoje é teu com demasia.

N avegou sem a permissão dos oceanos e voou sem asas.

E nfeitiçou as estradas melancólicas com amor.

R ios, lagos, riachos, cascadas agora sentem saudade.

U ngia cada alma em extinção.

D ádiva do ventre da tua mãe.

A aurora guarda-te os versos como de outrora amei.

Luciana Bianchini

Luciana Bianchini
Enviado por Luciana Bianchini em 30/10/2016
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