GÔNDOLA DOS NAMORADOS
G anhamos, todos, os nossos dons...
Ô nibus, barcos, navios, trens e aviões,
N a vida tudo tem a sua utilidade e validade,
D ependendo da necessidade e da oportunidade...
O homem é um ser social produto do meio em que vive;
L ugar, tempo e circunstâncias nos levam a mudar de vida,
A s nossas habilidades e dons muitas vezes são despercebidas...
D istraidos e muito ocupados com o corre corre da vida de pura babel,
O lvidamos da prática de coisas muito simples e que são tão gratificantes:
S aborear uma gota de mel, apreciar uma flor, escrever um verso num papel...
N amorados passeiam romanticamente em gôndolas lá na Itália, em Veneza;
A qui, em São Paulo, os namorados tapam o nariz ao atravessar o rio Tietê;
M as todos os rios nasceram iguais, com suas águas tão puras e cristalinas,
O homem na sua ganância e no seu egoísmo materialista destrói a natureza;
R aramente o homem se preocupa com o bem comum e só age no individual,
A ssim deixa de conhecer e exercer muitos dos seus principais dons naturais;
D ons esses que foram distribuidos entre todos para a prática do bem comum;
O s que passam a vida isolados numa redoma de individualismo são distraidos
S ão tesouros escondidos com medo de serem roubados que acabam perdidos...