GÔNDOLA DOS NAMORADOS

G anhamos, todos, os nossos dons...

Ô nibus, barcos, navios, trens e aviões,

N a vida tudo tem a sua utilidade e validade,

D ependendo da necessidade e da oportunidade...

O homem é um ser social produto do meio em que vive;

L ugar, tempo e circunstâncias nos levam a mudar de vida,

A s nossas habilidades e dons muitas vezes são despercebidas...

D istraidos e muito ocupados com o corre corre da vida de pura babel,

O lvidamos da prática de coisas muito simples e que são tão gratificantes:

S aborear uma gota de mel, apreciar uma flor, escrever um verso num papel...

N amorados passeiam romanticamente em gôndolas lá na Itália, em Veneza;

A qui, em São Paulo, os namorados tapam o nariz ao atravessar o rio Tietê;

M as todos os rios nasceram iguais, com suas águas tão puras e cristalinas,

O homem na sua ganância e no seu egoísmo materialista destrói a natureza;

R aramente o homem se preocupa com o bem comum e só age no individual,

A ssim deixa de conhecer e exercer muitos dos seus principais dons naturais;

D ons esses que foram distribuidos entre todos para a prática do bem comum;

O s que passam a vida isolados numa redoma de individualismo são distraidos

S ão tesouros escondidos com medo de serem roubados que acabam perdidos...

Wilson Madrid
Enviado por Wilson Madrid em 26/10/2007
Reeditado em 09/11/2009
Código do texto: T710302
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