PEDAÇOS DE FAMÍLIA

Fui visitar meus irmãos e sobrinhos por alguns dias já que esse

ano não irei passar com eles o Natal e o Revellion e, cheguei à conclusão que a distância acaba provocando outro tipo de distanciamento nas pessoas.

Meu estilo de vida mudou enquanto o deles permanece o

mesmo. Para eles, sou mais abastada e, por isso, é mais fácil

para eu viajar o que, não é verdade. Apenas, tenho um jeito

diferente de ser e de viver, não tenho nada além que muitos

deles.

A família só existe de verdade enquanto seus ícones estão

presentes.

É pai. É mãe. Já não somos aquela grande, adorável, difícil, problemática, maravilhosa e unida família que sempre viveu

na casa maior do mundo, do tamanho exato do coração de

vocês, sempre prontos a acolher mais alguém!

Quem chegasse, quem viesse...

Hoje somos pedaços de família espalhados aqui e acolá, cada um

com suas manias, suas fraquezas, suas dores, seus sonhos, suas lembranças e, com certeza, com suas saudades, mas, também, infelizmente, um tanto egoístas!

É por isso e por algumas coisinhas mais, talvez, pela pequenez de nossos corações, que esse ano, corre o perigo de não ter NATAL,

pelo menos o Natal que a Karla tanto quer.

De minha parte, quero pedir perdão, primeiro a vocês, pai e mãe

por não conseguir juntar sempre, todos os pedaços da família e, depois, a você Karla e a você Daniel, por morar tão longe e, por

não acreditar no Papai-Noel com certeza pela dureza do meu coração. . .

Ana A. OTTONI

DF/05/11/2007

Ana Aparecida Ottoni
Enviado por Ana Aparecida Ottoni em 12/11/2007
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