7703-13 de abril - DIA DO HINO NACIONAL BRASILEIRO- VER POEMA ACRÓSTICO DE SILVIA ARAÚJO MOTTA/BH/MG/BRASIL

7703-EXPLICAÇÕES SOBRE A LETRA DO HINO NACIONAL BRASILEIRO .

CELEBRADO DIA 13 DE ABRIL-

Letra: Joaquim Osório Duque Estrada / Música: Francisco Manuel da Silva

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Entenda a letra do Hino do Brasil – linha a linha

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Parte I

. Ouviram do Ipiranga as margens plácidas (calmas, tranquilas, serenas)

. De um povo heroico o brado (grito, clamor) retumbante (que ressoa, ecoante)

. E o sol da liberdade (independência), em raios fúlgidos (brilhantes, luminosos),

. Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Explicação: Esse trecho faz referência à Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. Nessa data, Dom Pedro I teria gritado “Independência ou morte” nas margens do rio Ipiranga, em São Paulo.

. Se o penhor (direito) dessa igualdade

. Conseguimos conquistar com braço forte (com nossa firmeza),

. Em teu seio (interior, âmago), ó liberdade,

. Desafia o nosso peito (coração) a própria morte!

Explicação: Essa parte diz que o povo brasileiro conseguiu conquistar a igualdade com muita luta e, por isso, somos capazes de morrer pela liberdade.

. Ó Pátria amada,

. Idolatrada (adorada, venerada, amada),

. Salve! Salve!

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. Brasil, um sonho intenso, um raio vívido (brilhante, resplandecente)

. De amor e de esperança à terra desce,

. Se em teu formoso (belo) céu, risonho (repleto de promessas) e límpido (claro),

. A imagem do Cruzeiro (constelação Cruzeiro do Sul) resplandece (brilha).

Explicação: Nessa estrofe, Joaquim Osório Duque Estrada idolatra o país, lembrando que a constelação Cruzeiro do Sul pode ser vista daqui, uma vez que ela só é visível no hemisfério Sul.

. Gigante pela própria natureza (desde que nasceste),

. És belo, és forte, impávido (destemido) colosso (gigante)

. E o teu futuro espelha (refletirá) essa grandeza.

Explicação: Os versos ressaltam a variedade de riquezas naturais do Brasil.

. Terra adorada,

. Entre outras mil,

. És tu, Brasil,

. Ó Pátria amada!

. Dos filhos deste solo és mãe gentil (generosa),

. Pátria amada,

. Brasil!

Parte II

. Deitado eternamente em berço esplêndido (admirável, grandioso),

. Ao som do mar e à luz do céu profundo,

. Fulguras (cintilas, brilhas), ó Brasil, florão (ornato, enfeite) da América,

. Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Explicação: Novamente, o autor destaca que o Brasil está coberto de riquezas naturais e afirma que o país embeleza a América.

. Do que a terra, mais garrida (vistosa),

.Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,

“Nossos bosques têm mais vida”,

“Nossa vida” no teu seio “mais amores.”

Explicação: Nesse trecho, o Brasil é mais uma vez enaltecido, com menções à Canção do Exílio, de Gonçalves Dias: “Nosso céu tem mais estrelas / Nossas várzeas têm mais flores / Nossos bosques têm mais vida / Nossa vida mais amores”.

. Ó Pátria amada,

. Idolatrada,

. Salve! Salve!

. Brasil, de amor eterno seja símbolo

. O lábaro (bandeira) que ostentas (exibes) estrelado,

. E diga o verde-louro (verde das penas do papagaio) dessa flâmula (bandeira)

– Paz no futuro e glória no passado.

Explicação: “Lábaro” se refere à bandeira, que possui 27 estrelas, representando as unidades federativas. Já “verde-louro” é uma das tonalidades do verde, igual à penugem do papagaio, e “flâmula” também significa bandeira.

. Mas, se ergues da justiça a clava (arma) forte,

. Verás que um filho teu não foge à luta,

. Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Explicação: “Clava” quer dizer arma. Portanto, Joaquim Osório Duque Estrada frisa que, se a arma da justiça se levantar, nenhum brasileiro vai fugir da luta. Pelo contrário, morrerá pela pátria.

. Terra, adorada,

. Entre outras mil,

. És tu, Brasil,

. Ó Pátria amada!

. Dos filhos deste solo és mãe gentil,

. Pátria amada,

. Brasil!

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Explicação:

As margens tranquilas do riacho Ipiranga ouviram

Um grito muito forte de um povo heroico,

E, nesse instante,

O sol da liberdade brilhou no céu do Brasil,

Com seus raios muito cintilantes.

Nós conseguimos conquistar, com muitas lutas,

A garantia de sermos iguais aos outros.

Ó Liberdade,

Desafiamos a própria morte

Quando estamos junto a ti.

Viva! Viva!

País amado e adorado.

Brasil, um sonho forte, como um raio muito luminoso,

De amor e de esperança desce à terra,

Se a imagem das estrelas do Cruzeiro do Sul,

Brilha em teu céu bonito, risonho e claro.

Pela sua própria natureza és um gigante,

Gigante corajoso, és belo, és forte,

E o teu futuro vai ser grande como tu.

Brasil, Pátria querida,

Entre tantas outras nações,

Tu és a mais adorada.

Brasil, Pátria amada,

És a mãe querida dos filhos

Que nasceram aqui!

Localizado para sempre em terras magníficas,

Banhado por um oceano e pela luz de um céu imenso,

Brilhas, Brasil, joia das Américas,

Iluminado com o sol deste Continente.

Teus campos, risonhos e lindos,

Têm mais flores do que a terra mais enfeitada.

Nossas florestas têm mais vida.

Nossa vida mais amores,

Quando estamos junto de ti.

Viva! Viva!

País amado e adorado.

Brasil, que a tua bandeira estrelada

Seja um símbolo de amor eterno!

E que o verde-amarelo desta bandeira diga:

“Nós temos glórias no passado e no futuro teremos paz”.

Mas se levantares a arma forte da justiça,

Verás que um brasileiro não foge de uma luta!

E quem te adora não tem medo nem da morte.

Brasil, Pátria querida,

Entre tantas outras nações,

Tu és a mais adorada.

Brasil, Pátria amada,

És a mãe querida dos filhos

Que nasceram aqui!

Curiosidades do Hino Nacional

‘Você sabia que aquela melodia que antecede o hino tem uma letra? É a chamada protofonia, ou seja, o prelúdio (primeira etapa para determinado desfecho) musical. A introdução foi escrita pelo Sargento em Divinópolis/MG.

Confira:

“Espera o Brasil

Que todos cumprais

Com o vosso dever.

Eia avante, brasileiros,

Sempre avante!

Gravai o buril

Nos pátrios anais

Do vosso poder.

Eia avante, brasileiros,

Sempre avante!

Servi o Brasil

Sem esmorecer,

Com ânimo audaz

Cumpri o dever,

Na guerra e na paz,

À sombra da lei,

À brisa gentil

O lábaro erguei

Do belo Brasil.

Eia sus, oh sus!”

Sobre os autores

Joaquim Osório Duque Estrada nasceu em Pati do Alferes (RJ) em 1870 e faleceu em 1927, no Rio de Janeiro. Além de atuar como professor do Colégio D. Pedro II e da Escola Normal, foi poeta e crítico literário.

Francisco Manuel da Silva nasceu em 1795 no Rio de Janeiro, onde faleceu em 1865. Dedicou-se à música desde a infância, fundando a Sociedade Beneficente Musical e o Conservatório de Música do Rio de Janeiro.

Estilo do texto

Trata-se de um texto parnasiano, que privilegia a forma mesmo com sacrifício da clareza da mensagem, gerando dificuldades de compreensão. Para isso, colaboram o preciosismo vocabular e as frequentes inversões da ordem do discurso, tão ao gosto dos acadêmicos do final do século XIX, mas distantes do universo das gerações atuais.

Canção do Exílio

Na segunda parte do hino, os trechos que estão entre aspas foram extraídos do poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias.

300 anos sem hino

Desde o descobrimento, o Brasil demorou mais de 300 anos para ter um hino. Em 1831, Francisco Manuel da Silva compôs a melodia. A letra veio 91 anos mais tarde. Após várias opções não terem sido aprovadas pelos portugueses, em 1922, o presidente Epitácio Pessoa declarou o texto de Osório Duque Estrada como letra oficial do hino nacional brasileiro.

50 versos

A LETRA DO HINO NACIONAL possui ao todo 50 versos, distribuídos em duas partes rigorosamente simétricas, tanto na métrica como no ritmo.

ORIGEM DO HINO NACIONAL BRASILEIRO

Somente em 6 de setembro de 1922 a composição criada por Joaquim Osório Duque Estrada e Francisco Manuel da Silva foi declarada como hino oficial brasileiro.

Foi o presidente Epitácio Pessoa que decretou a criação como hino oficial do país.

A música, composta por Francisco Manuel da Silva, surgiu antes da letra. Criada já em 1822, a composição celebrava a renúncia de D. Pedro I, que, ao retornar para Portugal, deixou o trono do país para o filho. Empolgado com a emancipação política da colônia, Francisco Manuel da Silva viu na música uma maneira de expressar o seu contentamento com a tão sonhada liberdade nacional.

DOM PEDRO I – Dom (do latim dominus, em português senhor, dono ou mestre)

DOM PEDRO II

Antes de ficar conhecido como o hino nacional, a composição fora chamada de Hino ao Sete de Abril e Marcha Triunfal. Somente anos mais tarde a criação ficou conhecida como sendo o hino nacional.

Em novembro de 1889, o governo realizou um concurso público para escolher o hino nacional.

Concorreram 29 composições. O resultado foi conhecido no dia 20 de janeiro de 1890, no Teatro Lírico, no Rio de Janeiro. A canção vencedora, porém, não agradou o marechal Deodoro da Fonseca e a composição de Francisco Manuel da Silva continuou a ser tocada, ainda sem letra.

A poesia do hino ganhou duas versões de letra antes de ser consagrada com os versos de Joaquim Osório Duque Estrada. As duas primeiras versões eram tão aprimoradas que só podiam ser entoadas por cantores líricos.

A primeira letra foi composta em 1831 pelo poeta e juiz Ovídio Saraiva de Carvalho. Essa versão foi abandonada em 1841. A segunda versão teve pouco sucesso e foi composta por um autor desconhecido.

Em 1909 foi feito um novo concurso, dessa vez para se escolher a letra. Quem venceu foi Joaquim Osório Duque Estrada. O poeta ainda chegou a fazer algumas modificações no seu trabalho original. A última atualização do hino foi feita por motivos ortográficos e realizada em 1971 em conformidade com Lei nº 5.765.

AUTORIA DA MÚSICA DO HINO NACIONAL brasileiro.

O autor da música do hino nacional foi Francisco Manuel da Silva. Nascido no Rio de Janeiro, em 21 de fevereiro de 1795, Francisco dedicou a sua vida à carreira musical. Ainda jovem estudou com o Padre José Maurício Nunes Garcia, conhecido como um dos grandes nomes da música colonial brasileira.

Participou do coro da Capela Real, foi timbaleiro e violoncelista da orquestra da Capela Imperial. Ocupou cargos políticos como a presidência da Sociedade Musical de Beneficência, autorizou a criação de um Conservatório de música, foi mestre da Capela Imperial e diretor do Conservatório de Música (1848-1865).

Faleceu no Rio de Janeiro no dia 18 de dezembro de 1865.

SOBRE A POESIA DO HINO NACIONAL BRASILEIRO

O autor do poema foi Joaquim Osório Duque Estrada. Nascido no dia 29 de abril de 1870, em Paty de Alferes (interior do Rio de Janeiro), Duque-Estrada formou-se bacharel em Letras pelo Colégio Pedro II.

Publicou o seu primeiro livro de poemas intitulado Alvéolos aos dezesseis anos, em 1886. A partir de então começou a colaborar na imprensa com ensaios em jornais, entre eles o Cidade do Rio e o Correio da manhã.

Foi um abolicionista e ajudou José do Patrocínio em sua campanha. Atuou também como diplomata, bibliotecário, professor de francês e história.

Em 1909, venceu um concurso nacional para a escolha a letra do hino. Recebeu 5 contos de réis pela vitória e teve seu nome imortalizado como criador da letra do hino nacional.

Foi eleito para a Cadeira número 17 da Academia Brasileira de Letras em 25 de novembro de 1915.

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Fonte:

https://22brasil.com/hino-nacional-brasileiro-entenda-linha-a-linha/#:~:text=Deitado%20eternamente%20em%20ber%C3%A7o%20espl%C3%AAndido,ao%20sol%20do%20Novo%20Mundo!

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HINO NACIONAL BRASILEIRO

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Poema - Acróstico - histórico Nº 0070

Por Sílvia Araújo Motta - BH - MG - BRASIL

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H-Há uma Lei aprovada, de exigência oficial

I- Inalterável: exige em seu artigo primeiro;

N-No patriótico Hino Nacional Brasileiro,

O-Orgulho do Povo no Congresso Nacional,

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N-Na música, tocada somente em Si Bemol,

A- Atento ritmo ”cento e vinte”, na execução,

C- Canto obrigatório sempre em uníssono,

I -Indicado para voz em tom de Fá Maior.

O- Orquestra, Banda ou Coral em exata “disposição”.

N-Na melodia, sons da Independência do Brasil.

A -A autoria de Francisco Manuel da Silva,(RJ)

L-Letra oficial de Ozório Duque Estrada.(RJ)

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B- Batista Siqueira confirma a oficialização

R- Realmente em mil oitocentos e noventa,

A -A seguir dois anos da aprovação da República.

S- Sabemos que o Hino foi cantado na Abdicação

I- Imprevista de D. Pedro I, em 7 de abril.(1831).

L-Letra imortal escrita (1909) e aprovada(1922).

E- Enfim, a primeira letra da partida de “D. Pedro I”

I- Indicada dez anos até a letra para a Coroação,

R- Retificada apenas em alguns termos da letra de

O- Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva.(1841).

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Belo Horizonte, 19 de novembro de 1980.

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https://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/7762714

Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 13/04/2023
Reeditado em 14/04/2023
Código do texto: T7762714
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