LABIRINTO FALHO

Poesia on line. Mote de 16.04.2008:

"A independência é o privilégio dos fortes, da reduzida minoria que tem o calor de auto-afirmar-se. E aquele que trata de ser independente, sem estar obrigado a isso, mostra que não apenas é forte mas também possuidor de uma audácia imensa. Aventura-se num LABIRINTO, multiplica os mil perigos que implica a vida; se isola e se deixa arrastar por algum minotauro oculto na caverna de sua consciência. Se tal homem se extinguisse estaria tão longe da compreensão dos homens que estes nem o sentiriam nem se comoveriam em absoluto. Seu caminho está traçado, não pode voltar atrás, nem sequer lograr a compaixão dos seres humanos".

(Friedrich Nietzsch)

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LABIRINTO FALHO

Maria Quitéria

L á onde os homens fazem suas lisuras,

A inda se encontram os de liberdade;

B ailam entre os escombros e, nas alturas,

I nvadem o consciente inócuo da verdade.

R einventam passagens mais estreitas

I ndo ao longe, como se pudessem se atrever,

N as malhas do Senhor das Horas em espreitas

T ateando pelas encostas, sem mesmo saber

O nde terminarão suas pegadas

F adadas, talvez, ao marco das charadas.

A inda que tentem desvendar o oculto,

L apidando passos e se perdendo nos vãos,

H umanamente se assombram nos próprios vultos

O nde o penhasco está nos traços de suas mãos.

Sampa, 16.04.2008 12:00hs

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