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A.R.

AH! ESSE SABOR AMARGO

QUE NA BOCA AFLORA

E ESSA SAUDADE IMENSA

ESSE VAZIO ATROZ

QUE FEZ DE MIM, SOZINHO,

O QUE ANTES ERA NÓS...

L.N.

Ficou só a saudade dos beijos e do aconchego

que hoje trago em mim.

Nada me resta que as lembranças mistas de dias felizes,

nada me sobrou que lágrimas mornas

para banhar meu rosto que sorriu pra ti.

Na minha sã solidão pego-me a pensar no antes

que agora não existe mais.

A.R.

AH! ESSE SILENCIO LARGO

QUE ME ENVOLVE AGORA

E ESSA DOR INTENSA

E O DESAMOR FEROZ

QUE CEDO ME DEFINHA

E CA LA A MINHA VOZ

SE FICOU SÓ A SAUDADE

DOS BEIJOS

LINDOS LAMPEJOS

ME FIZERAM SENTIR

QUE APESAR DE TUDO, VOCÊ SE FAZ PRESENTE

ELOQUENTE,

TUDO ME RESTA

TUDO É FESTA

POIS SONHO SEU AMOR

POR ENTRE AS FRESTAS

DA MIN HA JANELA

E O CALOR QUE VEM DO SOL, LA FORA

ME DEIXA O CORAÇÃO E A ALMA EM FESTA.

A.R

DE REPENTE... VOCÊ SURGIU DO NADA,

COMO UMA ESPERANÇA

PARA OS MEUS DIAS DE INFORTÚNIO

CHEGOU TRAZENDO QUIMERAS

E SEM QUE EU QUISESSE,

TRAÇOU A TOPOGRAFIA DO MEU CORPO.

INVENTOU O DESEJO E, NO SILENCIO DE NÓS DOIS,

SUA BOCA TOMOU A FORMA EXATA

DO MEU GOZO ENSANDECIDO.

EXPLODIMOS NUMA LINGUAGEM MUDA,

ABSURDA, ONDE FALAMOS DE TUDO,

SEM DIZER NADA

E EU ME ENRODILHEI NO SEU SUOR,

TESO, LOUCO, AMANTE A BEIRA DO CAOS,

OS PENSAMENTOS EM DESALINHO,

A FÚRIA DO PENETRAR EM ÊXTASE TOTAL.

E OS ENCANTOS SURGIRAM DO MEU OLHAR

MISTURADO AOS SEUS OLHOS...

CONTINUA DAI...

CRAVA EM MIM A SAUDADE

PENETRA IN ME LA NOSTALGIA

DE UM MAR MISTERIOSO,

D'UN MARE MISTERIOSO,

DE UM CHÃO DESCONHECIDO

D'UN SUOLO SCONOSCIUTO

ONDE PLANTEI MINHA DOR

DOVE PIANTAI IL MIO DOLORE

CRAVA EM MIM A RECORDAÇÃO