RETRATOS TEXTUAIS OU UM AVIVENTADOR VOO POR E ENTRE SONHOS, SAUDADES E RIQUEZAS?

João Bosco Soares dos Santos

Que carga imantadora tem esses seus textos compositores desse seu feliz pequeno livro, Newton!

Seu estilo literário, confrade, o coloca próximo aos exímios e conscientes buriladores de letras, palavras e textos artísticos.

São afiadamente concisos e talentosamente encadeados e sarapintados de atrativos toques atonais, visuais e até aromais, literariamente eletrizantes e astutamente arquitetados e compactados em sincrônicas teceduras reais e imaginárias, generalizadas e facilmente monopolizáveis pelos nossos cinco sentidos, aliás seis, porque esse seu especial modo de se expressar exige a convocação e o imediato atrelamento do sentido sinestésico, uma peculiar faculdade privativa dos “iniciados”, que somente o recebem depois de persistentemente se perlavarem e se sagrarem “nabis”, atingindo o ultra-sensitivo “status” de extraordinários humanos, ungidos com essa permissão-poder de agregar potencialidades para ampliar suas capacidades de tocar, sentir e perceber com os olhos, coração e emoção.

Seus textos são sucintos e claros e de uma leveza quase avoante.

Neles, Newton, não há excessos, sobejos ou carências de letras, palavras ou sentenças completivas, quebrativas, espipativas ou minguativas, armadamente competentes para deslindar, desfigurar ou turvar o brilho de uma produção cultural. São ardilosamente bem temperados com finíssimo humor, humor este que olhos, ouvidos, boca, coração e imaginário humanos, em intermináveis saliências e alegrias, disputam o privilégio de saboreá-los por primeiro e mais intensa e demoradamente. Eles, de maneira equilibrada e educada, colocam o leitor para voar, navegar e penetrar, com ansiedade prazeirosa, pelos mundos que só alguns escolhidos artistas sabem estruturar. Eles se auto-arrumam disciplinadamente e deságuam num contexto polidelicioso, multiplicador de sonhos, aspirações, planos, ideias, imagens, cenários e fatos e, de modo ágil e confortante, transitam por entre o concreto e o real, o factual e o imaginativo, imantando e caldeando tudo o que você colheu, fotografou e guardou nesse seu frondoso relicário pessoal, durante as suas tantas e variadas caminhadas e tantas dezenas de anos vivenciais, e que, com calma e zelo, você os projeta e os faz refletir nas páginas e nos alcances sensoriais humanos, numa bem contida dosagem.

Viva e eficientemente, você decidiu triplicar suas faculdades de capitação, decidindo “voar” em Asa Delta (não era necessário voar em nave espacial) para colher as maravilhas visuais dos deslumbrantes cenários, bem reais e adorados da sua querida AFONSO CLÁUDIO e de suas regiões irmãs e circundantes, “penetrar” pelas quase infinitas e surpreendentes entranhas diamânticas do nosso planeta, estas como fronteiras e paralelas e, entre elas e por elas, ziguezaguear, para capitar e retratar estrelas vivas e imaginárias, soltas e livres pelos espaços astrais ou aprisionadas e bem escondidas no ventre da terra, como preciosidades minerais, para, por depois, grafá-las, competente e desenvoltamente, neste seu afortunado livrinho que nos arrebata para os infinitos tesouros dos devaneios humanos ou verdadeiros.

Com fértil e arguta competência, você, Newton, estrutura e pincela em airosos textos os vales, rios, lagoas, montes e sequências de montanhas e píncaros de sua amada AFONSO CLÁUDIO e de seus notáveis recantos vizinhos, com tão cintilante arte, que eles mais parecem nítidas e mágicas fotos.

Quer nesses seus textos quer em quaisquer fotografias, os cenários do seu doce mundo “Afonso Claudiano”, Newton, exibe-se como esplendorosos e aprazíveis lugar e roteiro turísticos, que, como um todo, tanto se aproxima de um universo contextual exuberante, soberbo e especial para se meditar e vivenciar momentos paradisíacos. E esses seus rincões saltitantemente turísticos, como sabemos, foram paciente e carinhosamente formados, temperados e preparados pelas destemidas, dedicadas, arrojadas, responsáveis, sensíveis e amorosas gerações de emigrantes, principalmente alemães. E, tristemente, tudo isto e mais alguns recantos iguais ou mais belos deste nosso faustoso e alegre Brasil, estão por aí, e quase se esgotando de esperar pelos governos, prefeitos, políticos e entidades turísticas e ambientalistas brasileiras e internacionais para que os propaguem pelo Brasil e mundo globalizado estas muitas e deliciosas doçuras, tão propícias para o descanso, o lazer, a meditação e o prazer e que, espavoridamente, grita por urgente, constante, consciente, rigorosa, dedicada e leal preservação, revitalização e atenção das entidades especiais, das mídias e das autoridades locais, brasileiras e internacionais, particularmente as que gostariam de conservar ou manter alguma conexão com a região.

Escritor Newton, minhas reverências a seus dotes literos-saudositas e a sua segura verve. E minhas palmas reiteradamente amigas.

E grito: que sua querida AFONSO CLÁUDIO, seu ESTADO DO ESPIRITO SANTO e o BRASIL elevem este seu delicioso e formoso rincão à condição de fonte efervescente de agradável e fantástico TURISMO.

João Bosco Soares
Enviado por João Bosco Soares em 01/01/2015
Código do texto: T5087811
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